...eis que estou de volta. Sim, este Amenidades & Bobajadas, depois de quase quatro meses de inatividade, está voltando a suas atividades, ainda que pontuais. Muita coisa aconteceu desde então, mas passei longe deste espaço durante esse tempo - tanto por falta de tempo quanto por falta de disposição, mesmo. Caso alguém esteja na espera por um texto inédito - o que acho difícil -, peço desculpas pelo inconveniente. Mas meus outros blogs estiveram ativos nesse meio-tempo (vejam na coluna "Também estou aqui", ali à direita.
Mas vamos falar do que interessa neste momento: a eleição municipal. Aqui no Rio, como ficou bem claro, ela está definida há tempos. O prefeito Eduardo Paes (PMDB), apoiado por uma coligação gigantesca (19 partidos, incluindo o PT do vice Adílson Pires, PDT, PPS e PSB), deverá se reeleger com folga. Ele está sendo bem-avaliado pela população, muito por causa das alianças com os governos estadual e federal. Isso poderia ser bom, mas há algo que não me agrada: o balaio de gatos que apoia o prefeito, em que só faltariam PSOL e PSTU, que ao menos lançaram candidatos próprios. Falando em PSOL, a candidatura do deputado estadual Marcelo Freixo, conhecido por sua luta pela ética, revelou-se um erro estratégico. Nascido e com domicílio eleitoral em Niterói, poderia se aproveitar da insatisfação geral com o mandato do prefeito Jorge Roberto Silveira, desgastado com os inúmeros problemas que a cidade anda vivendo - tanto que nem se candidatou à reeleição. Ao invés disso, preferiu transferir seu título eleitoral à capital fluminense para candidatar-se à prefeitura carioca, tentando repetir o fenômeno Gabeira de 2008. Um jogo arriscado e que deverá se revelar um fracasso.
Pra mim, não houve um candidato que agradasse. Tenho muitas restrições a Paes e Freixo, e o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) mostrou pouca personalidade e, ainda por cima, fisiologismo puro ao se aliar ao PR do ex-governador Anthony Garotinho (1999-2002), que indicou sua filha, a deputada estadual Clarissa Garotinho, como vice do filho do ex-prefeito Cesar Maia (1993-1997 e 2001-2009). A também deputada estadual Aspásia Camargo (PV) demonstrou que seu partido vive à sombra do ex-deputado federal Fernando Gabeira, que quase foi eleito prefeito há quatro anos, depois de uma reação fantástica no primeiro turno.
Por isso, o meu voto para prefeito do Rio foi para outro deputado federal:
Otávio Leite (PSDB). Votei nele em 2010 e vejo que executa bem o cargo, defendendo com vigor os interesses do estado na Câmara. Por isso, o escolhi por eliminação, mesmo porque as opções de fato não me agradavam. Para vereador, por coincidência votei em um candidato do mesmo partido, mesmo sabendo que teria pouquíssimas chances de ser eleito:
Miguel Fernandez y Fernandez, defensor das liberdades individuais, algo tão importante para nós no dia de hoje - e é por isso que digo que um candidato com
essas propostas dificilmente será eleito hoje, principalmente no Rio de hoje, em que o eleitorado só se revolta quando falta dinheiro no bolso e comida na mesa, como acontece em todo o Brasil, por sinal.