30.8.06

TIRANDO O PRÓPRIO DA RETA

Vejam como no mundo da política se faz de tudo para se livrar da responsabilidade. O candidato do PDT ao governo do estado do Rio, Carlos Lupi (que também é o presidente nacional do partido), disse em seu programa eleitoral que não deseja que o povo dê "mais quatro anos para o PMDB de Sérgio Cabral" depois de "oito anos de PMDB, quatro de Garotinho, quatro de Rosinha". Ora, primeiramente, Benedita da Silva, do PT, governou durante oito meses em 2002, quando Garotinho renunciou para concorrer à Presidência naquele ano. E, principalmente, Rosinha foi eleita em 2002 pelo PSB. E Garotinho foi eleito em 1998 pelo... PDT.

29.8.06

ARRANJAR EMPREGO CERTAMENTE NÃO HÁ DE SER NADA FÁCIL (A Semana em Quatro Tempos)

  • Muito bem: curso completado, formatura feita, diploma a caminho, mas eu só gostaria de saber uma coisa. E o emprego que deveria vir, em tese, com o canudo em mãos? Claro, todos teremos que correr atrás do trabalho (ora através de currículos, ora através de concursos públicos), mas os empresários não deveriam fazer algo pra aumentar o número de empregos? E as eleições vêm aí...
  • Plutão não é mais planeta. A que ponto nós chegamos: decidir o que é ou não bom pra Humanidade e pro Universo com uma canetada.
  • E o Lula cresce ainda mais nas pesquisas. O povo brasileiro anda adorando dar uma de mulher de malandro.
  • Ainda que essa afirmação não se estenda aos parlamentares... A tendência é que a grande maioria dos envolvidos em corrupção não seja reeleita. Menos mal.

17.8.06

FIGURAÇAS DO HORÁRIO ELEITORAL

Começou o Horário Eleitoral Gratuito, o programa de TV que todo brasileiro deveria assistir. Não estou brincando, não! Além de ajudar a escolher seu candidato, é uma excelente oportunidade de dar boas risadas. Principalmente ao ler as legendas...

A quantidade de erros de português nestas legendas ("perceguido", "pesso seu voto", "fraldulentamente", "falças pesquisas", entre outras pérolas) chega a ser assustadora. As letrinhas miúdas de algumas delas também não ajudam na tentativa de inclusão social. Mas o pior é ter que aturar candidato à Presidência tropeçando no português (a "hetacombe" do Bivar é a campeã).

Isto posto, vamos declarar: quem cometer erros crassos de português durante o horário político, não merecerá o nosso voto! Palavra de professor formando...

P.S.: Que a Rede Gospel e a TV Aparecida exibam aqui no Rio o horário eleitoral de São Paulo, até dá pra entender. Mas por que diabos a TV Canção Nova exibe aqui o horário eleitoral de Sergipe??? :-P

11.8.06

SE NÃO CAIR AGORA...

O Brasil vive um caos institucional poucas vezes visto em sua História. Denúncias de corrupção infestam o noticiário, dia após dia. O populismo do atual governo é evidente. E, mesmo assim, seus índices de aprovação vêm subindo.

Pode-se culpar a larga tendência de baixo nível da campanha eleitoral pela consolidação iminente de Lula para sua reeleição. Pode-se culpar a falta de melhores opções dos eleitores na campanha presidencial. Mas não se justifica o crescimento do nome do candidato à reeleição nas pesquisas de opinião para as eleições de outubro. Era para ser bem mais equilibrado.

E o estado de espírito de Lula não ajuda. Na entrevista de ontem na TV, o presidente cometeu diversas gafes, que poderiam derrubá-lo já, não tivesse o povo brasileiro memória curta e larga "identificação" com o presidente. Há o risco de se repetir aqui o que ocorre nos Estados Unidos (e ocorreu no Brasil, de 1999 a 2003): um desgaste inevitável que um governante reeleito tem sobre o país, o que propicia crise política e financeira. Aguardemos os próximos capítulos. Mas ainda há tempo de mudar.

8.8.06

A SOMA DE TODOS OS NOSSOS MEDOS


Depois de novos ataques do grupo criminoso PCC pelo estado de São Paulo e do recrudescimento da guerra no Oriente Médio (agora em três frentes, ameaçando abrir uma quarta em instantes), resta-nos uma conclusão: o mundo enlouqueceu.

O que mais tememos? A radicalização dos conflitos. No Oriente Médio, a justa defesa israelense de ataques do Hezbollah tropeçou na falta de um melhor planejamento de ataques, o que resulta na morte de civis. Um cessar-fogo oportuno esbarra num impasse: os libaneses exigem a retirada das tropas israelenses, enquanto estes querem o desarmamento do Hezbollah. Com os dois lados se recusando a dar o braço a torcer, a paz fica ainda mais distante.

No lado de cá, fica cada vez mais evidente o poder de fogo dos bandidos, assim como a falência da segurança pública nacional. O crime organizado atacando a esmo, aleatoriamente, aterroriza a população paulista e põe nuvens negras sobre todo o país, por abrir precedentes. O pior de tudo, porém, é viver a perspectiva de uso eleitoreiro desse clima todo, com candidatos prometendo melhorar a segurança e querendo apontar culpados para a crise. Esse estado de coisas nos impõe a necessidade de ter um maior senso crítico, para que possamos escolher os candidatos certos nas eleições de outubro.

Em tempo: a foto acima é de um ataque em São Paulo. Mas se fosse no Oriente Médio, não faria a menor diferença.