30.1.09

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2009...

...ninguém pode deixar de perder.

Mas podem chamar de "encontro de quem não tem nada a fazer, ou convenção de lançamento da pré-candidatura de Dilma Rousseff".

27.1.09

LEVANTA DA CAMA, ECONOMIA BRASILEIRA!


Como já escrevi aqui algumas vezes, nada entendo de economia. Porém, nem é preciso entender pra constatar que o atual governo criou fama e deitou na cama em sua política econômica, idêntica à do governo anterior. A crise mundial, que Lula afirmou que chegaria aqui como uma "marolinha", já começa a surgir, no mínimo, em forma de ressaca marítima.

Várias medidas são anunciadas com frequência para tentar conter a crise. Empresas anunciam demissões em massa, há meses. Ou seja, conclui-se que o governo menosprezou os impactos que a crise mundial poderia ter sobre a nossa economia.

Pelo visto, os nossos economistas oficiais acordaram muito tarde pra constatar que a crise tá aí, formando uma gigantesca tsunami pra nos atingir. E terão que fazer o possível para que os danos sejam os menores possíveis.

23.1.09

OBAMA CONFIRMANDO A REGRA



Como já estava previsto, o presidente norte-americano Barack Obama já toma suas primeiras providências nos primeiros dias de seu mandato. Começou cumprindo uma promessa de campanha: fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, no prazo de um ano. Na prisão (assim como em Abu Ghraib, no Iraque), o método de tortura era usado de forma oficial para arrancar confissões dos prisioneiros, como foi admitido recentemente.

Desta forma, Obama segue a regra que eu havia comentado aqui: a de um governante recém-empossado, substituindo um governo impopular, assinar medidas que sejam populares aos olhos dos eleitores (tanto os que votaram nele quanto os da oposição). Além de anunciar o fechamento de Guantánamo, Obama anunciou que mandará enviados ao Oriente Médio (para tentar um acordo de paz entre israelenses e palestinos) e à Ásia Central (região de Afeganistão, onde os americanos ainda estão em guerra, e Paquistão). Mais uma vez, resta saber se isso perdurará até o fim do mandato - com a diferença é que, desta vez, o buraco é bem mais embaixo.

20.1.09

OS DESAFIOS DE OBAMA

Barack Obama tomará posse como o 44º presidente dos Estados Unidos nesta terça-feira. Junto com o novo cargo, o novo presidente ganhará uma coleção de desafios que ele terá a responsabilidade de enfrentar.

A recente guerra entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza, deixou evidente que a questão do Oriente Médio é um desses problemas, embora seja apenas um deles. Intimamente ligado a essa questão, o problema do terrorismo talvez seja o maior de todos. Mesmo com o fim da Era Bush (tida pelos islamistas como a mais hostil aos muçulmanos - independentemente de serem terroristas ou não), os fundamentalistas islâmicos mostraram não se intimidar com a transição de cargo na Casa Branca. Ainda há as permanências do Exército do país no Iraque (uma constante tensão, embora menor que antes) e no Afeganistão (onde os talibãs começam a ressurgir com força). Aliado a isso, há o crônico problema do Irã e suas intenções nucleares. Internamente, a crise financeira mundial (que fechou vários bancos e companhias, além de levar outras empresas à bancarrota, na maior economia do planeta) é o grande desafio do novo presidente norte-americano.

O governo Bush deixou muitos problemas de herança, e grande parte do mundo deposita em Obama as esperanças de um planeta melhor, talvez ignorando que ele tenha sido eleito presidente... dos Estados Unidos. Ou seja, o risco de decepção mundial é grande. Resta saber se Obama e sua equipe irão aguentar o tranco - e torcer para que sim.

18.1.09

HÃ?!

Marcos Guterman informa: às vésperas de deixar o poder (depois de amanhã), o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, proclamou o dia de hoje, 18 de janeiro, como o Dia Mundial da Santidade da Vida Humana - seja lá o que isso signifique.

Entendeu? Pois é, nem eu. De todo modo, feliz Dia Mundial da Santidade da Vida Humana para todos.

16.1.09

O OSCAR MAIS IMPREVISÍVEL DOS ÚLTIMOS ANOS. E NÓS?


Não me refiro, evidentemente, à eliminação de Última Parada 174, de Bruno Barreto, da corrida pelo prêmio de melhor filme em língua estrangeira - compartilho da opinião de que haveria mais chances se Estômago, de Marcos Jorge, fosse o escolhido para representar o Brasil. Falo de outras coisas: a imprevisibilidade sobre quem ganhará o prêmio máximo do cinema mundial e a cada vez maior demora para filmes mais fortes estrearem por aqui - aliada às antecipações da cerimônia da estatueta dourada (a cerimônia deste ano será em pleno domingo de Carnaval).

Pela primeira vez em muito tempo, não há um favorito destacado para ganhar o Oscar de melhor filme. Nem mesmo aqueles "filmes com cara de Oscar" (histórias arrebatadoras, verdadeiras superproduções, ou cinema de resultados mesmo) têm aquela cara de que vão arrebentar no Teatro Kodak. Nem mesmo os prêmios pré-Oscar têm servido de parâmetro: o Globo de Ouro, oferecido pelos correspondentes internacionais em Hollywood, premiou o semi-independente (e elogiado) Slumdog Millionaire (ainda sem título em português), de Danny Boyle, como o melhor filme dramático (a melhor comédia ficou para Vicky Cristina Barcelona, de Woody Allen). Mas, mesmo sendo um filme que conta a história de alguém que supera desafios e é ambientado na Índia (a Academia, às vezes, se amarra em produções exóticas), não acredito que seja um filme de chegada (tanto que só estreará por aqui em março, bem depois do Oscar). Talvez o israelense Valsa com Bashir, de Ari Folman (ganhador do prêmio de filme estrangeiro), seja um diferencial (está cotado a ser indicado ao Oscar não só de filme estrangeiro, mas também de longa de animação e documentário em longa-metragem) e uma atração, principalmente para os dias de hoje (é baseado nas memórias do cineasta, quando era militar do seu país na Guerra do Líbano, em 1982).

Só nos resta conferir os filmes com mais potencial. Um deles estreou hoje: O Curioso Caso de Benjamin Button (foto acima), de David Fincher, com Brad Pitt e Cate Blanchett, que conta a história de alguém que nasce velho e vai ficando com a aparência mais jovem à medida que ganha idade. Alguns outros estrearão nas próximas semanas: Milk, a Voz da Igualdade, de Gus van Sant, sobre um político e ativista gay dos anos 70, vivido por Sean Penn; O Lutador, de Darren Aronofsky, sobre um atleta da luta-livre (Mickey Rourke) que vive seu ostracismo; além de Frost/Nixon, de Ron Howard, que reproduz a entrevista do ex-presidente norte-americano Richard Nixon (Frank Langella) ao jornalista britânico David Frost (Michael Sheen). Antes mesmo das indicações (que serão divulgadas no próximo dia 22, quinta-feira, exatamente um mês antes da cerimônia), já há especulações de que Pitt, Penn, Rourke e Langella serão indicados ao Oscar de melhor ator - Rourke largaria com certa vantagem, já que ganhou o Globo de Ouro de melhor ator dramático. São muitos filmes para assistir em tão pouco tempo - o que é a causa de um problema, que é o segundo tema deste texto.

Os filmes mais fortes vêm demorando cada vez mais para ter suas estreias aqui. A marcação da data da entrega do Oscar para o domingo de Carnaval piorou ainda mais as coisas, porque fica muito apertado. Antes, a cerimônia era no meio de março ou início de abril, mas a vontade da Academia em impor uma maior independência do Oscar em relação aos demais prêmios a fez marcá-lo sempre para o último domingo de fevereiro. Ou seja, pela primeira vez, haverá Oscar e Carnaval numa mesma semana - o que prejudica muitos cinéfilos, e também a este que vos escreve, tendo que se dividir entre dois assuntos que lhe são caros... Bem, espero dar meu jeito.

PARTIDO DO TERRORISMO

À medida que o tempo passa, o PT mostra cada vez mais a sua cara. Depois de defender as FARC, o bolivarianismo e a "causa palestina" depois dos ataques israelenses a Gaza, agora resolve conceder status de refugiado político ao italiano Cesare Battisti, ex-militante de extrema-esquerda e condenado por atos de terrorismo em seu país. Ele foi condenado, pela Justiça italiana, à prisão perpétua em 1993 por quatro assassinatos cometidos quando ele era integrante do grupo ultraesquerdista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC - mera coincidência?), ligado às Brigadas Vermelhas, que aterrorizaram a Itália nos anos 70.

Mais do que um ato de irresponsabilidade, a atitude do ministro da Justiça, Tarso Genro, provoca uma tensão diplomática entre os dois países. Além disso, isso tudo deverá prejudicar mais ainda a nossa imagem, que já não é das melhores. Com essa recusa em entregá-lo aos italianos, o governo brasileiro fica cada vez mais comprometido em defender tudo o que há de pior e mais rasteiro na Humanidade.

Aqui, um editorial demolidor e definitivo do jornal O Estado de S. Paulo sobre essa indecência. Dica do Noblat.

14.1.09

CADÊ FIDEL?


Depois de renunciar à chefia de Estado e de Governo de Cuba em agosto de 2006, o ex-ditador Fidel Castro continuava tendo textos publicados na imprensa oficial (redundância, é verdade...) do país. Mas, há quase um mês, isso não ocorre - à exceção de um curto texto publicado na virada do ano, por ocasião dos cinquenta anos da Revolução Cubana.

Agora, há rumores a respeito do atual estado de saúde do ex-líder cubano. Seu maior aliado, o presidente venezuelano Hugo Chavez, declarou que Castro não mais aparecerá em público. Vários líderes da esquerda (principalmente a latino-americana) também manifestaram preocupação com a situação.

Confirmando-se o que muitos pensam, é a constatação de que querem "eternizar" determinadas figuras, ao mitificar a imagem do ex-ditador - embora a imortalidade seja impossível. A não ser que resolvam fazer o que fizeram com Lenin e embalsamem o cadáver de Fidel Castro. Só faltam fazer isso e ainda cobrar pela visita. Daí pra venderem lembrancinhas da ditadura cubana (como fazem há anos na China e na antiga Alemanha Oriental), será um pulo. Aí, seria a constatação de que o comunismo cubano morreu junto com Fidel...

13.1.09

QUER APOSTAR?

Está na rede: "Ataque das FARC mata três crianças na Colômbia."

Querem apostar quanto que isso passará em brancas nuvens?

É PRECISO SER "ANTIPÁTICO" PARA GARANTIR A DEMOCRACIA?

Às vezes, sim.

Foi o que fez o Comitê Central Eleitoral de Israel, ao vetar a participação de dois partidos políticos árabes nas eleições que serão realizadas no mês que vem. Eles são acusados de apoiar o terrorismo e de negar ao próprio país o direito de existir.

Em Israel, a minoria árabe (cerca de 20% da população do país) tem direito a votar e a ser votada - inclusive, há sete árabes no Knesset, o Parlamento israelense (algo inimaginável em relação a políticos judeus nos países vizinhos, mas isso é outra história). Porém, como em qualquer regime democrático, cada cidadão tem que seguir as leis - o que as duas agremiações que foram proibidas de participar das eleições parecem não ter feito. Seus integrantes são acusados de dar apoio ao Hamas na incursão israelense em Gaza, que já dura mais de duas semanas, e de ter viajado a países que estão tecnicamente em guerra com o Estado judeu, como Líbano e Síria.

A pergunta do título deste texto pode parecer estranha, mas faz sentido. Algumas vezes, temos que tomar atitudes que pareçam antipáticas e pouco ortodoxas para que a democracia não seja ameaçada. Um exemplo remete à fundação do próprio Estado de Israel, em 1948: o caso do navio Altalena, repleto de integrantes do grupo terrorista judaico Irgun, que foi bombardeado na costa de Tel Aviv por militares do próprio país, recém-fundado na ocasião - a embarcação estava cheia de armas (o grupo terrorista havia praticado atentados contra membros da Coroa britânica, nas batalhas pré-independência) que seriam desembarcadas pelos próprios terroristas, capitaneados pelo futuro primeiro-ministro Menachem Begin (que, três décadas depois, faria um histórico acordo de paz com o vizinho Egito). Leia mais aqui.

A atitude foi tomada pelo primeiro chefe de Governo do país, David Ben-Gurion. Se havia a intenção de fundar uma Nação democrática, diferenciada das demais, isso certamente acarretaria a tomada de atitudes radicais, no bom sentido. E foi o que Israel fez, nos primeiros momentos de sua existência. Teria que haver regras bem claras para que as leis possam ser respeitadas. E isso se estende até os dias de hoje.

11.1.09

MERO PRETEXTO

Está na rede: dois músicos ingleses (a cantora Amy Winehouse e o produtor Mark Ronson) estão na mira de terroristas islâmicos. O motivo? Leiam aqui.

Realmente, o mundo está perdido. Ser o que é virou risco de morte.

9.1.09

QUAL A SURPRESA, PESSOAL? HÁ 28 ANOS...

Como sabem, o PT faz sua defesa da "causa palestina" desde o início da ofensiva israelense. Quem viu a nota oficial que o partido do presidente Lula divulgou, assinada por seu presidente Ricardo Berzoini, sabe disso. O que poucos se lembram é que isso acompanha o PT desde o seu início - portanto, não é novidade alguma. Vejam a notinha que está na edição de 14 de outubro de 1981 da revista Veja, na página 36:

Para quem não sabe nem se lembra, o líder egípcio Anwar Sadat tinha sido assassinado na semana anterior por ter feito um acordo de paz com o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, dois anos antes - o acordo devolveu ao Egito a Península do Sinai, que havia sido conquistada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

7.1.09

O MUNDO NADA ENCANTADO DE PALLYWOOD



A ofensiva das Forças Armadas de Israel, em curso desde o dia 27 de dezembro, vitimou cerca de 700 pessoas - 25% delas, civis. Ou seja, esse número de civis mortos (alto em números absolutos, mas proporcionalmente baixo para uma guerra) já é mais que suficiente para desqualificar qualquer acusação de genocídio israelense contra os palestinos, ao contrário do que as esquerdas de todo o planeta querem fazer crer. Até agora, mesmo com as baixas civis, os alvos ligados ao Hamas vêm sendo cirurgicamente atingidos. Não é como nos ataques - mirados em alvos errados - da OTAN contra a então Iugoslávia em 1999, por exemplo, que queriam deter o então ditador Slobodan Milosevic, que exterminava a população muçulmana de Kosovo (aliás, por que será que ninguém chorou por ela naquela ocasião?).

Mas os anti-israelenses e antissemitas de boteco não querem nem saber de conversa. Pra eles, a ofensiva é "genocídio", "holocausto" e outras bobagens do tipo. Colabora para isso a tendência palestina de, propositalmente, não mover uma palha para proteger seus cidadãos, ao contrário do que ocorre com os civis israelenses. Com isso, evidentemente, o número de civis palestinos mortos numa guerra é bem maior. Isso é um prato cheio para a indústria propagandística palestina, chamada por muitos de Pallywood - um mundo nada encantado, que visa a divulgar o horror que os próprios palestinos constroem. Consequentemente, angariam mais simpatizantes para a sua "causa".

O pior é que o governo israelense proibiu a incursão de jornalistas estrangeiros em Gaza, o que só colabora para que o Hamas tenha a "publicidade" do conflito nas mãos - as fotos e os relatos das batalhas são todos feitos por jornalistas de origem palestina. Ou seja, um tiro no pé. E a mídia brasileira, pautada pelo que vem de Gaza (ou seja, apenas a visão dos palestinos), embarca nessa onda. Embarcando pelas primeiras páginas dos jornais daqui, tome de fotografia de civis mortos ou feridos. Nem uma linha sobre o terrorismo do Hamas.

São poucos os que têm coragem de remar contra a maré. Um deles é o colunista Sérgio Malbergier, do jornal Folha de S. Paulo, que apresentou um brilhante contraponto a uma grande bobagem escrita por seu colega Clóvis Rossi, alguns dias antes. Mas, infelizmente, são poucos os que têm coragem de peitar a esquerdopatia reinante na atual imprensa brasileira.

6.1.09

SERÁ QUE MANTÉM O PIQUE?



Os primeiros dias de Eduardo Paes como prefeito do Rio são bem significativos de um clichê tipicamente brasileiro: a disposição de um governante em início de mandato mostrar serviço sempre, apresentando-se como mais disposto que seu antecessor. Nem chegamos à primeira semana e já há a chamada "choque de ordem" tão prometida por Paes durante a sua campanha, assim como nos meses anteriores à posse, na última quinta-feira. Isso funcionaria em contraponto ao desleixo do ex-prefeito Cesar Maia, intensificado nos últimos meses de seu terceiro e último mandato.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas o importante é saber se tal disposição se manterá nos três anos, onze meses e três semanas seguintes do seu expediente no Palácio da Cidade ou se haverá o tradicional desgaste, tão frequente em ocupantes de cargos executivos no Brasil. Afinal de contas, esse tipo de coisa conhecemos muito bem - o governador Sérgio Cabral Filho que o diga: depois de um começo também "disposto a mostrar serviço", o desgaste veio mais cedo do que se imaginava.

Há a piada que diz que um cidadão reclamava de um poste que ficava aceso noite e dia e, portanto, ligaria à prefeitura para reclamar e exigir que alguma providência fosse tomada. Era final de ano e também de mandato municipal, e por isso um vizinho o desaconselhou a reclamar, pedindo-lhe para que esperasse o novo ano e a consequente posse do novo prefeito - assim, haveria mais chances de conserto do poste, visto que o novo ocupante do cargo estaria mais disposto a fazê-lo. Por essas e por outras, sempre fico com um pé atrás (se possível, os dois) com esses negócios de início de mandato. O novo ocupante sempre vem com novas ideias e novos ideais, mas a população tem que esperar o decorrer desses quatro anos para saber se eles irão funcionar. Por mais que cobrem providências, não se sabe se darão certo. Porque, se derem errado...

4.1.09

BOI PRETO CONHECE BOI PRETO

Ei, você de esquerda. É, você mesmo! Acha que há opressão e reacionarismo demais no mundo? Acha que anda havendo guerras desproporcionais (com o perdão da redundância) no planeta, apesar de ter mais coisas com que se preocupar? Acha que as grandes potências são as mais opressoras da Humanidade? Não se desespere! Toda vez que algum povo é "oprimido pela direita", que a esquerda nada tema: é só chamar o PT!!!

Atender a esse chamado foi exatamente o que o partido do presidente Lula fez neste domingo, ao emitir uma nota oficial condenando a incursão do exército de Israel na Faixa de Gaza, na guerra contra os terroristas do Hamas. A nota é assinada pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini.

Nada surpreendente, diga-se de passagem. Para um partido fundador do Foro de São Paulo e que apoia as FARC e a cinquentenária ditadura cubana, além de ter feito um acordo com o Baath, há cerca de um ano e meio, praticamente corroborar as ações do Hamas é até natural. Quando os próprios terroristas palestinos atiraram foguetes a esmo em direção ao sul de Israel, um dia após o fim do cessar-fogo, o PT ficou caladinho. O mesmo ocorre em relação aos massacres do governo do Sudão aos cidadãos de Darfur, a opressão da China aos tibetanos...

Isso se estende às esquerdas de todo o mundo - diga-se de passagem, cada vez mais antissemitas. Há tempos venho dizendo que há uma união de forças entre esquerdistas radicais e islamistas - dizem que até neonazistas estão entrando na dança. Tudo para confirmar as duas máximas usadas pelas esquerdas, ditas em um dos últimos textos do ano passado. Quando a questão é proteger com quem tenha afinidade, por mais espúria que seja, eles são bem rápidos. E contam com a simpatia de um monte de gente.

Isso se confirma ao clicar no link que leva ao texto petista, retirado do Blog do Noblat. Leia os comentários: as esquerdas em peso vêm apoiar o Hamas e o Irã, comparar Israel e Estados Unidos aos nazistas... Os mesmos de sempre. Conviver com a democracia é sempre bom. Mas parece que há alguns que não sabem fazer isso.

FAZ CINQUENTA ANOS, E NINGUÉM PERCEBEU



No primeiro dia do ano, foi lembrado o cinquentenário da Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, que derrubou a ditadura pró-Estados Unidos comandada por Fulgencio Baptista e iniciou uma outra, alinhada com a União Soviética até o colapso desta, no início dos anos 1990.

O tempo passou, os paredões foram limpos e pintados inúmeras vezes, Fidel (que ninguém mais vê há cerca de dois anos) foi substituído por seu irmão Raúl, e ainda há especulações sobre se os cubanos irão ou não adotar o modelo chinês de um país, dois sistemas. Mas o fato é que, por mais que os "revolucionários" cubanos resistam e teimem em não admitir o óbvio, poucos notaram que fez cinquenta anos da mais longa ditadura em curso no continente americano. Nem a população cubana parece se importar com o castrismo: as poucas imagens liberadas pela TV oficial mostram as comemorações acompanhadas somente pelos militares e membros do Partido Comunista Cubano. Aliás, poucos simpatizantes em todo o mundo deram trela à efeméride.

Na minha concepção, isso é uma demonstração de que seja questão de tempo pro regime cair de vez no ostracismo. Aí, não tem Venezuela, Irã, Coreia do Norte nem governo brasileiro que salve. No dia em que isso acontecer, talvez somente o Granma não noticie o fato. Pra falar a verdade, os próprios cubanos serão certamente os últimos a saber disso.

1.1.09

UMA ESTREIA COM ELOQUÊNCIA

Como todos sabemos, juntamente com o ano de 2009, surgiu a nova Ortografia da Língua Portuguesa. Como escrevi no texto escrito ontem, último dia do ano, decidi aderir a ela de maneira integral neste primeiro dia, apesar de termos ainda quatro anos de grafia dupla. Afinal, como professor formado em Português e aspirante a aspirante a jornalista, a minha obrigação é a de escrever sempre corretamente.

Ainda que tenha que praticar o uso da escrita com maior frequência, minhas ideias para essa prática são as de sempre: muita leitura e um olhômetro ativo. Nem todos os portais da Internet e jornais e revistas aderiram de imediato, apesar de a maioria tê-lo feito. Por isso, busco sempre "modificar" mentalmente as palavras que estiverem na escrita antiga para a nova. Acredito que muita gente que se importe com o nosso idioma, que tenha cerca de cinquenta anos nos dias de hoje, o tenha feito na época da mais recente reforma ortográfica anterior a esta, em 1971.

Admito: sentirei saudades do trema e de alguns acentos que diferenciavam pronúncias. Mas aproveito para saudar a volta das letras K, W e Y de volta ao nosso alfabeto. Dou-lhes as boas vindas.

Tenho certeza que passarei bem por estas provas ortográficas. Sem pseudossabedoria nem contraindicações.