No primeiro dia do ano, foi lembrado o cinquentenário da Revolução Cubana, liderada por Fidel Castro, que derrubou a ditadura pró-Estados Unidos comandada por Fulgencio Baptista e iniciou uma outra, alinhada com a União Soviética até o colapso desta, no início dos anos 1990.
O tempo passou, os paredões foram limpos e pintados inúmeras vezes, Fidel (que ninguém mais vê há cerca de dois anos) foi substituído por seu irmão Raúl, e ainda há especulações sobre se os cubanos irão ou não adotar o modelo chinês de um país, dois sistemas. Mas o fato é que, por mais que os "revolucionários" cubanos resistam e teimem em não admitir o óbvio, poucos notaram que fez cinquenta anos da mais longa ditadura em curso no continente americano. Nem a população cubana parece se importar com o castrismo: as poucas imagens liberadas pela TV oficial mostram as comemorações acompanhadas somente pelos militares e membros do Partido Comunista Cubano. Aliás, poucos simpatizantes em todo o mundo deram trela à efeméride.
Na minha concepção, isso é uma demonstração de que seja questão de tempo pro regime cair de vez no ostracismo. Aí, não tem Venezuela, Irã, Coreia do Norte nem governo brasileiro que salve. No dia em que isso acontecer, talvez somente o Granma não noticie o fato. Pra falar a verdade, os próprios cubanos serão certamente os últimos a saber disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário