7.1.09

O MUNDO NADA ENCANTADO DE PALLYWOOD



A ofensiva das Forças Armadas de Israel, em curso desde o dia 27 de dezembro, vitimou cerca de 700 pessoas - 25% delas, civis. Ou seja, esse número de civis mortos (alto em números absolutos, mas proporcionalmente baixo para uma guerra) já é mais que suficiente para desqualificar qualquer acusação de genocídio israelense contra os palestinos, ao contrário do que as esquerdas de todo o planeta querem fazer crer. Até agora, mesmo com as baixas civis, os alvos ligados ao Hamas vêm sendo cirurgicamente atingidos. Não é como nos ataques - mirados em alvos errados - da OTAN contra a então Iugoslávia em 1999, por exemplo, que queriam deter o então ditador Slobodan Milosevic, que exterminava a população muçulmana de Kosovo (aliás, por que será que ninguém chorou por ela naquela ocasião?).

Mas os anti-israelenses e antissemitas de boteco não querem nem saber de conversa. Pra eles, a ofensiva é "genocídio", "holocausto" e outras bobagens do tipo. Colabora para isso a tendência palestina de, propositalmente, não mover uma palha para proteger seus cidadãos, ao contrário do que ocorre com os civis israelenses. Com isso, evidentemente, o número de civis palestinos mortos numa guerra é bem maior. Isso é um prato cheio para a indústria propagandística palestina, chamada por muitos de Pallywood - um mundo nada encantado, que visa a divulgar o horror que os próprios palestinos constroem. Consequentemente, angariam mais simpatizantes para a sua "causa".

O pior é que o governo israelense proibiu a incursão de jornalistas estrangeiros em Gaza, o que só colabora para que o Hamas tenha a "publicidade" do conflito nas mãos - as fotos e os relatos das batalhas são todos feitos por jornalistas de origem palestina. Ou seja, um tiro no pé. E a mídia brasileira, pautada pelo que vem de Gaza (ou seja, apenas a visão dos palestinos), embarca nessa onda. Embarcando pelas primeiras páginas dos jornais daqui, tome de fotografia de civis mortos ou feridos. Nem uma linha sobre o terrorismo do Hamas.

São poucos os que têm coragem de remar contra a maré. Um deles é o colunista Sérgio Malbergier, do jornal Folha de S. Paulo, que apresentou um brilhante contraponto a uma grande bobagem escrita por seu colega Clóvis Rossi, alguns dias antes. Mas, infelizmente, são poucos os que têm coragem de peitar a esquerdopatia reinante na atual imprensa brasileira.

Um comentário:

Anônimo disse...

É um alívio poder ler um pouco de racionalidade em meio ao inferno do aliciamento de 'corações e mentes' feito pelos humanistas seletivos.
Excelente tbém. o artigo do articulista da Folha.
Obrigada por esta pausa confortante no meio do tiroteio.

Madeleine