29.3.08

NÃO HÁ SENSO DE HUMOR NA 'INTELLIGENTZIA' BRASILEIRA

Vocês já devem ter ouvido falar do caso em que o humorista Marcelo Madureira, do grupo Casseta & Planeta, meteu o pau na cinematografia de Glauber Rocha (assim como em todo o Cinema Novo), comparando-a com algo bem pastoso e de cheiro desagradável. Isso foi numa palestra sobre humor, realizada durante um festival de cinema no Rio, neste mês. Desnecessário dizer que vários setores culturais (notadamente aqueles que usam polpudas verbas federais para produzir seus filmes) caíram de pau, inclusive ajudando a organizar uma sessão de Deus e o Diabo na Terra do Sol como "ato de desagravo".

O episódio mostra como a intelligentzia tupiniquim não anda tendo nenhum senso de humor para encarar as críticas que costuma receber. Ela pegou nas mãos de quem está podendo (se vocês me entendem) e aderiu de vez à onda do politicamente correto, aquilo que o governo fracassadamente tentou implantar com sua infame cartilha, há três anos (será que alguém ainda se lembra?). De repente, Glauber Rocha virou alguém de quem não se pode falar mal, em hipótese alguma - um ser absolutamente inatacável. Algo que o próprio Rocha - um polemista de carteirinha - certamente repudiaria.

Aliás, os mesmos que criticam as declarações de Madureira certamente condenam o humor político (que costuma ironizar o presidente Lula) dos dias de hoje, ignorando que é o mesmo "humor contra" que vigora desde o fim do regime militar. "Meteu o pau em FHC? É assim que se faz! Meteu o pau em Lula? Cambada de direitóides reacionários!" Vejo tais reações, de forma semelhante, em textos que falam de blogs pela Internet.

Algo parecido ocorreu na época em que um quadro de humor do Fantástico "simulou" o que poderia ser a reação de brasileiros a uma hipotética invasão venezuelana ao norte do Brasil, ironizando o pouco preparo do nosso Exército para situações como essa. O PCB, Partido Comunista Brasileiro - eu nem me lembrava que aquilo ainda existia, mas enfim... - não gostou e entrou com uma ação no Ministério Público contra a Globo (leia o texto aqui). Ou seja, mais uma demonstração de que o senso de humor da esquerda é seletivo, para dizer o mínimo.

27.3.08

MALANDRAGEM-AGULHA



O anúncio do apoio do governador Sérgio Cabral Filho, do PMDB, ao deputado estadual Alessandro Molon (PT) para disputar a prefeitura do Rio é uma demonstração de que vale qualquer coisa para não perder o apoio federal - até mesmo abrir mão de seu partido ter candidatura própria. Pouco importa se a base governista está pulverizada nas eleições municipais no Rio - além de Molon (que precisa ser confirmado por seu partido), deverão disputar as eleições, reivindicando para si o apoio de Lula, o senador Marcelo Crivella (PRB) e a ex-deputada federal Jandira Feghali (PCdoB). O que é arriscado, pois o nome do deputado federal Fernando Gabeira (PV, apoiado por PSDB e PPS) começa a surgir com força. Pode até sobrar para a também deputada federal Solange Amaral (DEM), mesmo com o desgaste de seu padrinho político, o prefeito Cesar Maia.

O apoio de Cabral a Molon, sob as bênçãos de Lula e do presidente da ALERJ, Jorge Picciani, pode pôr fim a um impasse causado pelo bizarro acordo entre Maia e o presidente regional do PMDB, o ex-governador Anthony Garotinho (dois desafetos de longa data), que previa uma aliança entre os peemedebistas e o Democratas. Por outro lado, é uma desfeita com Eduardo Paes, convidado por Cabral a deixar o PSDB e ingressar-se no PMDB, exatamente para que pudesse concorrer ao Palácio da Cidade neste ano. Diria que Cabral deu em Paes um "créu" velocidade 13.

Mas isso tudo, acreditem, tem um lado bom. Possibilita que Eduardo Paes não saia do comando da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do estado do Rio. Verdade seja dita: ele está tendo um desempenho bem melhor que seu antecessor Francisco de Carvalho, vulgo Chiquinho da Mangueira. Se bem que isso não seria muito difícil de acontecer.

25.3.08

SEXO TIPO EXPORTAÇÃO



Todo aquele escândalo sexual envolvendo o ex-governador de Nova Iorque, Eliot Spitzer, serviu para concluir uma coisa: brasileiro se amarra em sexo. Pelo menos é isso que o restante do mundo deve estar pensando da gente neste exato momento.

Senão, vejamos: o Brasil é um dos países que mais exportam prostitutas em todo o planeta, grande parte dos turistas estrangeiros vem pra cá só pra fazer turismo sexual, muitos gringos já se assanham só de ouvir ou ler o termo "mulher brasileira"... Não sou eu que estou generalizando, é o restante da Terra!

E nós não colaboramos, o que é pior. A cafetina brasileira Andreia Schwartz, uma das principais protagonistas da crise que causou a renúncia do governador nova-iorquino, teve tratamento de estrela por parte da Infraero quando chegou ao Brasil, com direito a carro da estatal esperando-a no aeroporto. Dizem que ela recebeu dinheiro de uma emissora de TV para uma exclusiva. Isso tudo como se ela fosse uma estrela que merecesse tais regalias. Depois reclamam da nossa "tendência ao sexo".

Isso tudo dá-nos uma idéia ao governo: taxarmos as exportações das meninas de vida fácil para todo o planeta, criando mais um produto de exportação 100% nacional. Nossa balança comercial registraria alta taxa de lucros, pois matéria-prima decerto não iria faltar... Com o governo que temos, não seria nenhuma novidade.

21.3.08

QUANDO O PODER SE AUSENTA, OS MOSQUITOS FAZEM A FESTA

Mais uma epidemia de dengue atinge o Rio de Janeiro - a pior em seis anos. É o resultado do desleixo do poder público, que nunca demonstrou muita competência em problemas de saúde pública, com um certo relaxamento da população, que não se cuida como necessário.

Uma série de medidas contra a dengue acabou de ser anunciada pelos governos estadual e municipal. Entre elas, a recomendação de que crianças e adolescentes - as principais vítimas da epidemia - usem calças compridas para evitar picadas do Aedes aegypti. Só falta combinar com o forte calor que atinge o Rio, entre o fim do verão e o início do outono. No mais, as medidas são triviais demais, não deverão ser muito eficazes no combate à dengue.

Agora, uma lembrança surpreendente: o prefeito Cesar Maia afirmou que o hoje ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi demitido "por incompetência" quando secretário de Saúde do Rio, durante o segundo mandato (2001-2005) - e que, por isso, guardaria mágoas e o estaria atrapalhando. Só quero saber de uma coisa: se o prefeito usa desculpas esfarrapadas para encobrir a própria incapacidade administrativa, se o ministro é muito sortudo ao contar com um "pistolão estadual" (é ministro graças à indicação do governador Cabral ao presidente Lula), ou o governo federal é incompetente ao aceitar como ministro alguém demitido de um cargo municipal por incompetência...

15.3.08

UM CALDEIRÃO TIBETANO PRESTES A EXPLODIR (E DEMOROU...)



Protestos de tibetanos contra a ocupação chinesa (que já dura 57 anos), nesta semana, chamam a atenção para um problema que, inexplicavelmente, virou tabu para grande parte do planeta. Desde 1951, quando a Revolução Cultural de Mao Tsetung ainda nem pensava em nascer (embora o regime maoísta já estivesse no poder desde a década anterior), o regime comunista da China oprime seguidamente a população e a cultura do Tibete (a ponto de querer nomear, por conta própria, o líder espiritual, imaginando ter poderes para definir quem é a reencarnação ou não), contando com a negligência mundial.

A índole pacífica de grande parte da população tibetana, ironicamente, acabou contribuindo para isso. Mas os monges budistas, as maiores vítimas da repressão chinesa, estão mostrando sinais de reação ao liderar os protestos. Tais manifestações mostram o ressentimento dos tibetanos com quase seis décadas de ocupação.

Pode-se pensar que tais protestos contra a ocupação chinesa no Tibete, realizados poucos meses antes das Olimpíadas de Pequim, representem uma estratégia para chamar a atenção mundial para o problema. Comprovado isso, a China se vê numa colossal sinuca de bico: não se permitirá reprimir violentamente as manifestações (como na Praça da Paz Celestial, em 1989), com medo de que haja boicotes em massa aos Jogos, como forma de protesto - já basta a polêmcia no caso das relações econômicas com o Sudão, por causa dos massacres em Darfur. Apenas conta com seu amplo poderio militar e seu imenso crescimento econômico, sedutores para qualquer parceiro ocidental, principalmente os Estados Unidos. Trata-se de um jogo de interesses com final imprevisível.

13.3.08

A FILHA QUE QUALQUER UM GOSTARIA DE TER. POR INCRÍVEL QUE PAREÇA



O filme Juno, de Jason Reitman, mostra alguém que poderia perfeitamente ser alguém que você conheça, que acaba por engravidar durante a adolescência e decide dar o bebê para adoção. Porém, ela conduz o que poderia ser um drama de maneira tão perspicaz e esperta que não há como não simpatizar com a personagem principal.

Ela, mesmo sendo tão jovem, tem um modo de falar extremamente maduro e inteligente, e demonstra uma cultura "alternativa" impressionante, como nas visitas à mansão dos pais adotivos de seu filho que ainda iria nascer. Mesmo que não tenha se cuidado anteriormente, a personagem trata de contornar tais problemas com maestria.

O filme é conduzido de forma apaixonante e bem delineada por um roteiro brilhante (vencedor do Oscar de roteiro original) e estrelado por um ótimo elenco (com destaque para a protagonista, vivida pela jovem atriz canadense Ellen Page, indicada para todas as premiações possíveis). Altamente recomendável para aqueles que tenham que amadurecer, nem que seja na marra.

11.3.08

VAMOS AO QUE INTERESSA: E A GENTE, O QUE GANHA COM ISSO?



O atual governo espanhol foi o grande vitorioso nas eleições ocorridas no país, neste final de semana. O partido do atual primeiro-ministro, José Luiz Rodríguez Zapatero, obteve votos suficientes para permanecer no governo, embora sem a maioria absoluta do Congresso.

Mas a questão que interessa a nós, brasileiros, é a seguinte: e aquela polêmica toda dos viajantes, em sua maioria vindos do Brasil, que são barrados e humilhados no Aeroporto de Madri e voltam para casa sem que se faça nada a respeito?

Alguns deles estavam na Espanha só de passagem, numa escala para Lisboa. Será que não há vôos diretos do Brasil para Lisboa? Mesmo que a escala em Madri seja bem mais barata, não vale a pena. Se eu fosse executivo da TAP, a linha aérea de Portugal, faria uma promoção especial com vôos diretos para Lisboa...

De todo modo, espero que o Brasil tome alguma atitude quanto a esse desrespeito que está quase virando uma crise diplomática. Mas que seja dentro do equilíbrio que sempre nos caracterizou, embora tenha que ser contundente.

7.3.08

E AGORA, CADÊ OS "DEFENSORES"?


Uma chacina num seminário judaico em Jerusalém, nesta quinta-feira, causou a morte de oito pessoas. Isso foi provocado por um atirador de origem palestina, em mais um capítulo de violência na Terra Santa.

Isto posto, pergunto: onde estão os "defensores da paz" que saem às ruas de todo o mundo para protestar contra as ações antiterroristas do Exército israelense? Por alguma estranha razão, nunca os vi protestando contra atentados causados por palestinos.

Se bem que alguns deles saíram às ruas para comemorar a chacina no seminário.

Vá entender.

P.S.: O jornalista Nelson Ascher escreveu um texto (de leitura obrigatória), publicado no Blog de Reinaldo Azevedo, que tem relação com este tema. Clique para ler a primeira, a segunda e a terceira partes.

6.3.08

UMA NOVA ESPERANÇA PARA OS CLINTONS



Quando tudo levava a crer que não haveria mais qualquer esperança de reviravolta, eis que algo inesperado acontece. A pré-candidata (e senadora democrata por Nova Iorque) Hillary Clinton, com as vitórias nos estados de Ohio, Rhode Island e Texas, ganha novas esperanças de obter a indicação do seu partido, na luta contra o adversário Barack Obama, senador por Illinois - que ainda está na frente, mas vê a ex-primeira-dama pelo retrovisor.

Enquanto isso, pelos lados do Partido Republicano, o candidato já está definido: é John McCain, senador pelo Arizona, derrotado pelo atual presidente, George W. Bush, nas prévias para concorrer à Casa Branca em 2000. Neste ponto, os republicanos estão em vantagem: já podem começar a fazer sua campanha, enquanto os democratas ainda se desgastam numa árdua batalha nas prévias entre Barack Obama e Hillary Clinton.

Há quem diga que o novo presidente será escolhido através do que for definido nas prévias democratas - e que a campanha será a mais empolgante dos últimos oito anos se Hillary for a escolhida pelos democratas, por causa do saudosismo de grande parte do eleitorado norte-americano dos oito anos prósperos de Bill Clinton na presidência. Obama, neste caso, seria uma incógnita, por causa de sua inexperiência, mesmo representando um fato novo na política. Nos dois casos, os oposicionistas democratas levariam certa vantagem (o fraco segundo mandato de Bush acaba por ajudar um pouco nisso), mas McCain tem história na política do país e, portanto, um grande trunfo nessa disputa.

4.3.08

UMA ESPERANÇA DE CONSENSO


Recebo com certa simpatia a notícia de que o deputado federal Fernando Gabeira (PV) aceitou se candidatar à prefeitura do Rio, nas eleições de outubro. Nos últimos anos, Gabeira vem se notorizando por defender a ética na política, conquistando de vez a opinião pública depois daquele inesquecível pito no então presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, há três anos. Em 2006, Gabeira foi o deputado mais votado do estado do Rio, com mais de 300 mil votos.

A simpatia existe porque, nessa candidatura, existe um projeto que muitos esperam: o de discutir a situação do Rio com responsabilidade, algo com o qual ainda não senti firmeza nos demais candidatos ao Palácio da Cidade. O Rio, nos últimos anos, virou terra de ninguém, com a crescente favelização e os parcos esforços para acabar com essa bagunça (tais problemas são melhor explicados aqui). O pior é o prefeito Cesar Maia, depois disso tudo, ainda ter a cara-de-pau de lançar como sua candidata alguém que fracassou redondamente nas eleições para o governo do estado, há seis anos. E ainda deveremos ter Marcelo Crivella, Eduardo Paes, Jandira Feghali, o candidato do PT (seja quem for)... Ou seja, diante desse quadro todo, Gabeira acaba sendo a única saída plausível.

Mesmo que não seja vitoriosa em outubro, a candidatura terá a chance de, pelo menos, iniciar um amplo debate para discutir a cidade e o que ela está sofrendo com os políticos que seus eleitores colocam no poder, além de cobrar providências constantemente do prefeito eleito. Que assim seja.

3.3.08

QUEM PROCURA, ACHA



Este fim de semana é marcado por duas ofensivas que certamente ainda darão muito o que falar. No Oriente Médio, o Exército de Israel vem atacando seguidamente a Faixa de Gaza, visando a acabar com os ataques de foguetes do grupo terrorista Hamas ao sul israelense. Isso acaba por resultar na morte de muitos civis, pelo fato de os militantes se misturarem à população de Gaza.

Os fatos, combinados às polêmicas declarações do vice-ministro de Defesa de Israel, alertando para a possibilidade de "holocausto" para os palestinos caso não parem de atacar o sul dos vizinhos (a palavra, no caso, foi usada no sentido de "desastre" e não de "genocídio", mas o estrago já estava feito), provocam um frisson generalizado em vários setores da sociedade, principalmente naqueles mais à esquerda, que vivem a comparar as ofensivas israelenses em relação aos palestinos com a opressão dos nazistas sobre os judeus, na época da Segunda Guerra Mundial - no que é uma tolice colossal. Há vários argumentos para afirmar isso. Não é intenção dos israelenses dizimar a população palestina ou mesmo muçulmana, ao contrário do que os comandados de Hitler queriam fazer com os judeus nos anos 30 e 40 do século passado (se bem que alguns líderes de países árabes e muçulmanos já quiseram ou querem exterminar os israelenses - Gamal Abdel Nasser e Mahmoud Ahmadinejad que o digam...). Nunca foi comprovado que os israelenses tenham realizado experimentos físicos usando os palestinos como cobaias humanas. Em território israelense, árabes e muçulmanos têm direito a voz, voto e representação política - algo que passava longe da população judaica em grande parte da Europa, na época do nazismo.

Há um certo exagero e uma clara desorganização na ofensiva israelense em curso, isso é fato - basta ver a grande quantidade de palestinos mortos em comparação ao de israelenses (algo que ocorreu também nos combates entre os israelenses e o Hezbollah, no ano retrasado). Mas a verdade é que Israel, em 2005, deixou Gaza depois de 38 anos de ocupação (numa saída que foi rejeitada pela grande maioria dos colonos judeus ali residentes) e, três anos depois, o Hamas (grupo do primeiro-ministro palestino Ismayil Haniyeh, baseado no enclave palestino) continua sendo financiado por iranianos e sírios (que também financiam o Hezbollah, no sul do Líbano, ao norte de Israel) e atirando foguetes em direção ao sul israelense. O fato é que não há a menor boa vontade do lado dos palestinos do Hamas, que acham que a paz apenas virá assim que o Estado de Israel for destruído com a ajuda de Alá... Nem mesmo há a menor possibilidade de desocupação das colônias judaicas da Cisjordânia, mesmo que ela esteja no momento nas mãos do Fatah, grande rival do Hamas. Nunca se sabe o que poderá acontecer.

A outra ofensiva em curso é mais perto daqui - mais exatamente entre Equador, Colômbia e Venezuela. O primeiro acusa o segundo de ter invadido seu território para uma operação militar que resultou na morte do número dois das FARC, Raúl Reyes. O terceiro (na figura de seu presidente, Hugo Chavez) tomou as dores de seus aliados equatorianos e a situação está tensa por essas bandas. O Equador retirou seu embaixador da Colômbia e expulsou de seu território o representante do país vizinho.

Confirmando-se o que foi descrito pelos próprios equatorianos, concluo: a Colômbia não poderia ter feito a coisa mais certa. Todos sabem que as FARC mantêm centenas de reféns no meio das matas, fazendo todo tipo de chantagem para obter o que querem - vide o caso da ex-candidata à presidência colombiana, Ingrid Betancourt. Não por acaso, contam com o apoio de Chavez e de seu aliado, o presidente equatoriano Rafael Correa. O ataque colombiano foi o mais contundente contra o grupo terrorista em muito tempo, tanto que matou um dos mais poderosos homens do grupo. O governo de Alvaro Uribe nem precisava pedir desculpas formais ao Equador - o fez mais para evitar uma grave crise diplomática, mesmo.

Há muitos por aqui que defendem as FARC, como também há os que defendem o Hamas. Em comum, o fato de verem nos dois grupos terroristas a salvação para "combater os lacaios do imperialismo". Mas não pode haver simpatia àqueles que querem impor o terror. Por mais exagero que haja para combater estes e outros grupos, por mais vidas civis e inocentes que acabem sendo sacrificadas, não se negocia com terroristas.