31.1.08

A TÊNUE FRONTEIRA ENTRE A FESTA E AS DORES DA HISTÓRIA



A apenas três dias do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio, a Unidos do Viradouro recebeu ordem judicial para desmontar um carro alegórico que representava o Holocausto nazista na Segunda Guerra Mundial. Era uma cena forte: o carro tinha esculturas de cadáveres empilhados, exatamente como havia nos massacres de judeus, ciganos e demais minorias étnicas, causados pela insana política de "pureza racial" de Hitler.

O próprio ditador nazista, aliás, acabou sendo o grande fiel da balança, no meio dessa polêmica toda. Pensava-se que não haveria qualquer destaque no carro alegórico, até que a ficha técnica do desfile veio à tona - e nela estava previsto que o carro teria um único destaque, representando o líder alemão. A escola havia determinado que o destaque teria que estar sério e quase que imóvel durante o desfile, mas de nada adiantou.

O carnavalesco Paulo Barros afirmou que a abordagem de protesto contra a intolerância e o racismo que pretendia fazer usando a alegoria seria mais aceita se fosse feita por outra manifestação cultural que não um desfile de escola de samba - o que é verdade. O Carnaval carioca, há anos, é palco de denúncia contra diferentes formas de preconceito e humilhações de ordem étnica, como a escravidão, por exemplo. Porém, também é visto por muitos como algo que não se possa levar a sério, o que é totalmente errado. Pra mim, o Carnaval em suas diferentes vertentes, desde que conduzido com responsabilidade, é uma manifestação cultural que está há tempos na vida dos brasileiros.

Por outro lado, é muito difícil que algo que tenha ocorrido há menos de um século (algo ainda recente, se comparado com a época da escravidão) seja visto no Carnaval sem polêmicas. Pelo visto, a sociedade ainda não está de todo preparada para ver um assunto como o Holocausto nazista ser representado na Avenida.

29.1.08

EXONERARAM O CHEFE WIGGUM



Isso é algo que nunca acontecerá num episódio de Os Simpsons, mas ocorreu no palco de um dos mais famosos episódios recentes da série. O coronel Ubiratan Ângelo, comandante da Polícia Militar do estado do Rio, foi exonerado de sua função pelo secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.

Já fazia tempo que ele estava desgastado no cargo, devido a fatos como a manifestação de policiais por melhores salários, além da participação de policiais em um saque a um caminhão de cervejas. Com isso, a alta cúpula da segurança fluminense perdeu o mais famoso sósia do Chefe Wiggum de que se tem notícia. Dê uma olhada na imagem acima. Não dá nem pra saber qual é um e qual é outro.

28.1.08

O TURISMO POLÍTICO DOS SONHOS


Treze parlamentares brasileiros ficaram presos na Antártida por causa de problemas causados pela piora do clima na região, o que impossibilitou o pouso do avião em que estavam, e só deverão voltar na quarta-feira.

Taí! Bem que mais deputados e senadores poderiam fazer uma visitinha à Antártida. Pra falar a verdade, poderiam perfeitamente ficar por lá. Os únicos prejudicados seriam os pingüins que serviriam de refeição aos políticos. Ou melhor, vamos deixar os pobres pingüins de fora dessa. Para efeito de alimentação, o ideal seria a antropofagia, mesmo.

26.1.08

MAIS UMA DO FANFARRÃO-MOR


Mais uma vez, o presidente venezuelano Hugo Chavez justifica a fama de completo lunático bolivariano. Agora, ele acusou a vizinha Colômbia, ajudada pelos Estados Unidos, de querer provocar uma guerra contra seu país.

Bem que venho avisando (assim como muita gente) pra alguém segurar a língua desse sujeito, mas pelo visto estão empurrando com a barriga. Depois reclamam que a gente não avisou...

Chavez detesta ser ignorado, isso é fato. Sempre arranja um jeito de colocar alguns holofotes sobre ele. Só falta colocar uma melancia na cabeça - e, pelo visto, isso não vai demorar muito pra acontecer.

P.S.: Na mensagem anterior sobre Chavez, o Onildo comentou que o presidente venezuelano mastiga folhas de coca, o que talvez explique muita coisa. Isso pode ser comprovado em detalhes aqui.

25.1.08

A DEPENDÊNCIA PROFUNDA E A SEDE DE PODER



O filme Meu Nome Não É Johnny, de Mauro Lima, de certa forma ajuda a complementar o grande sucesso do cinema nacional no ano passado (Tropa de Elite, de José Padilha). Afinal, enquanto o longa estrelado por Wagner Moura aborda a questão da criminalidade e do tráfico de drogas sob a visão do batalhão policial responsável por combatê-los, o filme que tem Selton Mello como protagonista fala sobre o assunto pela ótica de quem gera (e, neste caso, também sofre com) o problema.

Mello interpreta João Guilherme Estrella, jovem de classe média alta do Rio de Janeiro, que de simples baseados consumidos entre uma onda e outra como surfista, progrediu para dependente químico e, daí em diante, tornou-se um dos maiores traficantes cariocas entre os anos 80 e 90 - exemplo de bem-nascido que enveredou pelo mundo do crime. Na verdade, é um caso de traficante-consumidor-gastador - com destaque para esta última característica (com direito a uma excursão pela Europa, resultado de "negócios" internacionais, mostrando o quanto ele estava deslumbrado com aquilo tudo), criando um círculo vicioso (com o perdão do trocadilho) em sua vida, fazendo com que fosse preso em meados da década passada.

O filme mostra com detalhes a ascensão, o apogeu e a queda de Estrella, com cenas fortes mas também com alguns momentos de humor - como a velhinha (interpretada por Eva Todor) que, para disfarçar a remessa de cocaína para João Guilherme, chama a droga de "ambrosia", e também a tradução "adaptada" feita pelo mesmo Estrella entre os presidiários de sua cela e os africanos também detidos. Momentos de relaxamento no meio de uma história tão pesada.

De todo modo, é um filme bem produzido que mostra que é possível, sim, recuperar alguém que sofre de um problema tão grave. Basta lembrar que trata-se de uma história real, e que Estrella hoje é produtor musical.

22.1.08

ELETRICIDADE PURA!



Nesta segunda, Lula deu posse a Edison Lobão como ministro das Minas e Energia. Pelas fotos tiradas com os dois nessa última semana, percebe-se rapidamente que o presidente anda um tanto contrariado com o que o PMDB (partido do senador maranhense) anda exigindo para continuar fazendo parte da base de sustentação do governo. No que ele nada faz para impedir, pois quer continuar com uma boa base, mesmo que conte com uma infinidade de ministérios ocupados por gente que não entende de suas pastas - algo recorrente na história do país, conhecido de governos anteriores.

Isso ocorre principalmente com o PMDB, que tem o ex-prefeito carioca Luiz Paulo Conde como presidente de Furnas, mesmo sem ele entender nada de centrais elétricas. Pelo andar da carruagem, estamos muito bem arranjados com a eletricidade. Haja preces pra São Pedro.

19.1.08

PERAÍ, NINGUÉM VAI SEGURAR A LÍNGUA DESSE CARA, NÃO?


Mais uma vez, o presidente venezuelano Hugo Chavez recusa-se a segurar a língua, causando tensões diplomáticas. Anteriormente, ele afirmou que as FARC deveriam deixar de ser consideradas um grupo terrorista, passando a ser, no máximo, "insurgente" - algo que deve ter pegado mal até mesmo em muitos chavistas. Desta vez, o bufão-mor das Américas acusou seus colegas Alvaro Uribe e George W. Bush de quererem assassiná-lo...

Isso mostra o total descontrole de Chavez quanto a sua vontade de ser o líder mais influente da América Latina. Pior: mostra o quanto ele é lunático e não tem noção das coisas que diz ao meter-se em assuntos particulares de outros países, podendo causar até uma guerra (desconfio que, no fundo, é isso que ele quer). Os colombianos, em sua resposta, exigiram respeito por parte do venezuelano, o que é praticamente impossível em se tratando de Hugo Chavez.

Mas isso pode estar com os dias contados. Finalmente a população colombiana, que repudia a narcoguerrilha terrorista, decidiu se mexer. Estão marcadas para o dia 4 de fevereiro (segunda-feira de Carnaval, o que é um inconveniente para muitos brasileiros) manifestações simultâneas em vários países contra as FARC. Elas foram marcadas através da mobilização de jovens colombianos pela Internet, e estima-se que cerca de 120 mil pessoas em todo o planeta tenham atendido ao chamado.

18.1.08

ALGUMA COISA PRECISA SER FEITA. ATÉ ISSO



Vem ganhando corpo nos últimos dias, na cidade do Rio de Janeiro, a idéia de pagar-se o IPTU apenas em juízo, depois das eleições municipais de outubro. É uma forma de protesto de vários cidadãos cariocas contra o estado de abandono que a cidade sofre, causando um estado de desordem pública poucas vezes visto no Rio, como a crescente favelização e o amplo desrespeito às leis, sem que o poder público (o prefeito Cesar Maia à frente) faça algo para impedir. Paga-se um imposto altíssimo para o pouco que está sendo feito pela prefeitura da cidade. Trata-se de uma forma de pressionar pela redução do preço do IPTU.

Pode parecer, à primeira vista, uma atitude extrema - e é. Mas, acima de tudo, é extremamente necessária para que seja mostrado que a população carioca não quer ver a degradação da cidade de forma passiva, de braços cruzados. Como já disse várias vezes por aqui, o crescente empobrecimento populacional é uma forma de angariar votos no futuro. E, malandramente, Cesar Maia espera que a tendência nacional de memória curta se realize para se dar bem nas eleições municipais, elegendo o candidato que apoiar. Se bem que, pelo elenco de candidatos que se desenha almejando o Palácio da Cidade em 2009, não podemos nutrir grandes esperanças. Algo que vem de várias eleições anteriores. Em 2004, quando Maia se reelegeu no primeiro turno por muito pouco (50,12% dos votos válidos), seus principais adversários eram Marcelo Crivella, Luiz Paulo Conde, Jandira Feghali e Jorge Bittar. Ou seja, foi reeleito por pura falta de opção melhor.

A população carioca paga o preço por décadas de populismo eleitoral, desde a fusão dos antigos estados do Rio e da Guanabara. E vai demorar, no mínimo, outras décadas para recuperar o tempo perdido. Gostaria muito que o próximo prefeito do Rio tivesse a hombridade de um Carlos Lacerda, ou fosse inspirado em Nicolas Sarkozy (somente na vida política, claro). Mas é difícil. Enquanto tal circunstância não aparece, seguimos nessa triste rotina de mediocridade administrativa de Saturninos, Marcellos, Condes e Césares.

17.1.08

UM ESCORPIÃO É SEMPRE UM ESCORPIÃO 2, A MISSÃO


O ditador Fidel Castro foi recebido por Lula em Havana, durante visita oficial do presidente brasileiro à capital cubana. Lula disse que Fidel está pronto para "reassumir seu papel político", depois de tratar-se de um problema intestinal que quase foi-lhe fatal.

Ué, mas o mesmo Fidel não tinha dito, no fim do ano passado, que não tinha apego a cargos do poder? Pelo visto, o ditador caribenho (há quase 50 anos no poder) se "reapegou" rapidinho...

14.1.08

UM ESCORPIÃO É SEMPRE UM ESCORPIÃO

Notícia vinda da Colômbia: as FARC acabaram de seqüestrar seis turistas colombianos apenas três dias depois de libertar duas reféns que estavam em poder do grupo havia seis anos.

E ainda tem gente querendo que o grupo narcoterrorista colombiano deixe de ser considerado um grupo narcoterrorista. Ainda bem que isso não vai acontecer. Falem o que quiserem do governo Bush (eu mesmo tenho meu pé atrás em relação a ele), mas nesse ponto a Casa Branca tem toda a razão.

11.1.08

LIBERTARAM DUAS? BELEZA. FALTAM SÓ 698



A libertação de duas reféns do grupo narcoterrorista colombiano FARC nesta semana evidenciou uma coisa: se quisesse, o presidente venezuelano Hugo Chavez libertaria todos os reféns (estima-se que sejam cerca de 700) que estão em poder do grupo, pois é um notório incentivador de suas atividades em nome da "revolução bolivariana". Pena que isso nunca vai acontecer...

Isso só aconteceu por um simples motivo: o governo venezuelano, depois de tantos fracassos nos últimos meses, quer ficar "de bem" com a opinião pública internacional. Mas o fato de ter negociado com as FARC a libertação das duas reféns (uma delas mãe de uma criança nascido em cativeiro, fruto de um relacionamento com um dos seqüestradores - o que nos faz pensar que trata-se ou de violência sexual, ou de síndrome de Estocolmo), mesmo com os guerrilheiros dando-lhes um "beiço" (eles demoraram a admitir que a criança não estava mais lá, e sim num orfanato em Bogotá), é uma evidência de que Chavez está diretamente envolvido com as atividades do grupo - além da vontade de suplantar em moral o presidente colombiano (e desafeto) Alvaro Uribe, aliado do presidente norte-americano George W. Bush na luta contra o narcotráfico.

As ligações do governo venezuelano (assim como de várias lideranças de esquerda no continente) com a guerrilha são claras como água. E o governo brasileiro, com sua aliança sob a chancela do Foro de São Paulo, apenas dá legitimidade a atos criminosos como esse.

10.1.08

RALI DACAR EM OUTRO LUGAR?



O cancelamento da edição 2008 do tradicional Rali Dacar é mais um capítulo da história da era do terror globalizado que rompeu de vez a inocência do mundo. Isso se deve à ameaça de terroristas que ameaçavam pilotos franceses na Mauritânia, palco de quase metade do evento, que começaria no último final de semana. Temos que nos acostumar com isso, não tem jeito.

Até por não haver esperança de uma solução para o problema a longo prazo, há a hipótese de organizar a edição 2009 da tradicional prova automobilística em outro continente que não o africano - e a América do Sul é forte candidata a receber o próximo Rali Dacar, o que representaria forte visibilidade para o continente americano. E alguns de nossos vizinhos já começam a se mexer.

Na minha opinião, é uma boa idéia. A América do Sul não tem - pelo menos por enquanto - problemas com terrorismo, diferentemente de grande parte do planeta. Se bem que temos por aqui alguns governantes loucos pra ver o circo pegar fogo... Mas nada que uns milhõezinhos de dólares e todas as atenções dos amantes do automobilismo no mundo não resolvam.

8.1.08

NESTE ANO, OS DESTINOS DO PLANETA HÃO DE SER DEFINIDOS



Pode ter um pouco de exagero no título acima, mas é o que muitos pensam a respeito das eleições presidenciais nos Estados Unidos, no final deste ano. Já nas prévias para a escolha de quais serão os candidatos dos dois maiores partidos do país (o Republicano, da situação, e o Democrata, da oposição) que substituirão a Era Bush na Casa Branca, as primeiras surpresas surgem, embora ainda haja muito tempo e muitos estados para contar.

O sistema eleitoral norte-americano é incomum a nosso gosto, embora dê poder de escolha a todos os 50 estados da Federação, com uma quantidade definida de delegados partidários para cada um deles. Os dois partidos têm pré-candidatos à Presidência dispostos a ganhar o direito de concorrer. A luta promete ser equilibrada e a escolha de cada partido deverá ser determinante para definir qual partido se dará bem nas eleições de novembro.

Entre os democratas, por exemplo, o senador Barack Obama larga na frente, surpreendendo a favorita ex-primeira-dama Hillary Clinton na luta pelo direito de se candidatar. Uma candidatura de Obama seria um marco por representar a primeira chance real de um não-branco (no caso, um mulato, filho de pai negro e mãe branca) chegar à Casa Branca, realizando uma antiga fixação dos mestres da ficção norte-americana... Mas há o temor de que um descendente de muçulmanos (o pai de Obama é de origem queniana) assuma a presidência dos Estados Unidos, coisa em que muitos nem querem pensar (efeito 11 de Setembro). Por isso, há a hipótese de que os democratas só terão alguma chance de voltar ao poder se Hillary Clinton for a candidata (no que também será um marco, por ser a primeira vez que uma mulher concorre à Casa Branca com reais chances de eleição).

Isto posto, as convenções do Partido Republicano ganham grande importância, porque dali pode surgir o sucessor do correligionário George W. Bush. O pastor protestante Mike Huckabee surpreendeu nas prévias de Iowa, o primeiro estado (onde Obama venceu entre os democratas), mas o ex-senador John McCain (preterido em eleições anteriores, quando certamente teria mais chances de ser eleito) começa a ter sinais de reação, embora seja notório defensor da permanência das tropas do país no Iraque, contrariando a grande maioria da opinião pública. Porém, o candidato republicano com mais chances de vencer as eleições, segundo alguns analistas, é o ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani - conhecido por comandar a reação da cidade após os atentados terroristas que destruíram o World Trade Center em 2001. Enquanto isso, no lado adversário, Obama continua ganhando importantes votos para concorrer à sucessão de Bush.

As cartas estão na mesa, e os dois maiores partidos dos Estados Unidos terão que jogar com sabedoria. Resta saber como o mundo vai reagir depois das maiores eleições presidenciais do planeta.

6.1.08

DE VOLTA À PROGRAMAÇÃO NORMAL: PARECE QUE CHAVEZ VIROU O FIO...

O fiasco no resgate dos reféns das FARC na Colômbia - o menino que é filho de uma refém, nascido no cativeiro e que seria um dos resgatados, estava na verdade num orfanato de Bogotá, sem que a narcoguerrilha tivesse admitido (e admitiria?) - é apenas mais um entre tantos que estão atingindo o até então inabalável governo de Hugo Chavez na Venezuela. Trata-se de um período negro para os chavistas, cujo marco zero foi o "Por que não se cala?" do rei Juan Carlos I.

Acima disso tudo, porém, prova o quanto não se pode negociar com terroristas - porque, quando possível, eles mentem até mesmo para seus velhos aliados. E os aliados dos aliados (ou seja, nossos governantes) ficam com o mico na mão. Mas, a respeito desse assunto, Miriam Leitão fala melhor do que eu.

2.1.08

BRASÍLIA: IMPRESSÕES FINAIS

Cheguei ao Rio faltando poucos minutos para a meia-noite de 2 de janeiro. Trago boas lembranças da capital nacional, mas algumas convicções de que viver no lugar onde moram irmã, cunhado e sobrinhos (longe do "centro nervoso" do Distrito Federal) seria difícil para alguém como eu, que se acostumou a ter todo tipo de comércio perto de casa.

Durante os passeios quase diários, conheci a rua onde ela morou. Era com aluguel (atualmente, ela mora em casa própria), mas afirmo que seria muito melhor morar ali do que naquele lugar longínquo e mal asfaltado, que ainda está crescendo, mas é ainda muito isolado. Na antiga moradia, na cidade-satélite de Cruzeiro, tem um shopping-center em frente. Onde fiquei hospedado (em Arniqueira), ainda há poucas lojas e é tudo tão distante que é preciso usar o automóvel (e, conseqüentemente, gastar gasolina) quase sempre.

Outra coisa que me chamou a atenção em Arniqueira é o extremo contraste existente por lá: havia tanto casarões luxuosos quanto moradias simplórias e humildes, e uma enorme quantidade de espaços a serem preenchidos. Mas o nível comercial é crescente e bom, segundo o meu conceito. Mas, mesmo assim, continuaria preferindo pagar aluguel e ter tudo perto de casa, se tivesse que morar no Distrito Federal.