8.8.06

A SOMA DE TODOS OS NOSSOS MEDOS


Depois de novos ataques do grupo criminoso PCC pelo estado de São Paulo e do recrudescimento da guerra no Oriente Médio (agora em três frentes, ameaçando abrir uma quarta em instantes), resta-nos uma conclusão: o mundo enlouqueceu.

O que mais tememos? A radicalização dos conflitos. No Oriente Médio, a justa defesa israelense de ataques do Hezbollah tropeçou na falta de um melhor planejamento de ataques, o que resulta na morte de civis. Um cessar-fogo oportuno esbarra num impasse: os libaneses exigem a retirada das tropas israelenses, enquanto estes querem o desarmamento do Hezbollah. Com os dois lados se recusando a dar o braço a torcer, a paz fica ainda mais distante.

No lado de cá, fica cada vez mais evidente o poder de fogo dos bandidos, assim como a falência da segurança pública nacional. O crime organizado atacando a esmo, aleatoriamente, aterroriza a população paulista e põe nuvens negras sobre todo o país, por abrir precedentes. O pior de tudo, porém, é viver a perspectiva de uso eleitoreiro desse clima todo, com candidatos prometendo melhorar a segurança e querendo apontar culpados para a crise. Esse estado de coisas nos impõe a necessidade de ter um maior senso crítico, para que possamos escolher os candidatos certos nas eleições de outubro.

Em tempo: a foto acima é de um ataque em São Paulo. Mas se fosse no Oriente Médio, não faria a menor diferença.

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