19.1.12

O pró-terrorismo "humanista" não é novidade alguma

Sim, essa é uma notícia velha. Mas não deixa de ser bem significativa de que, para muitos "progressistas" brasileiros, os fins sempre justificam os meios. Esta reportagem foi tirada da edição da revista Veja, de 26 de dezembro de 1984. Falava sobre a viagem de três vereadores cariocas (dois do PDT de Brizola e a petista e futura deputada federal, senadora e governadora Benedita da Silva) a Buenos Aires, para conceder o título de cidadão honorário do Rio ao ex-líder terrorista argentino Mario Firmenich, preso àquela ocasião (clique na imagem para vê-la melhor).


Detalhe: isso tudo contra a opinião dos próprios argentinos, que o viam como um criminoso comum. Firmenich comandava o grupo terrorista de extrema-esquerda Montoneros, que, como tantos grupos da época, queria estabelecer um Estado comunista em seu país. A grande parte dos ataques (incluindo o sequestro e a execução do ex-ditador Pedro Aramburu, que governou o país nos anos 1950) foi feita num período imediatamente anterior à ditadura militar argentina (1976-1983), que desbarataria o grupo. A democracia argentina, restabelecida no ano anterior à viagem dos vereadores, acertadamente não perdoou o guerrilheiro. Mas todos sabemos, desde aquela época, que PT e PDT são PT e PDT...


Nunca tinha ouvido falar nesse caso até ontem à noite, quando navegava pela rede. Assim que soube, fiz questão de mostrar que a tolerância e a tendência à imputação de heroísmo a criminosos estão entranhadas em muitos esquerdistas brasileiros desde sempre. O detalhe é que naquela época, eles eram oposição. Agora que são governo, a situação se tornou previsivelmente pior. Estão aí o caso Battisti e a recusa em impor uma lei antiterrorismo ao Brasil que não me deixam mentir.

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