Com essa história toda da libertação dos reféns das FARC nas selvas colombianas, o presidente venezuelano Hugo Chavez vai conseguindo o que quer: aparecer. Desta vez, ele posa de herói ao negociar a libertação daqueles que estão presos há mais de cinco anos. E muitos ignoram as relações que ele e seu grupo político têm com a guerrilha colombiana.
Ao negociar a libertação dos reféns, Chavez e as FARC combatem um inimigo em comum: o presidente colombiano, Alvaro Uribe. Afinal de contas, o venezuelano está de olho na propaganda positiva que uma "negociação bem-sucedida" é capaz de propiciar. Além disso, a Europa está de olho nas conseqüências desse ato. E a França é parte interessada nisso: uma dos reféns é a senadora e ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, que também tem cidadania francesa.
Em caso de sucesso nessa empreitada, Chavez passará às mentes ineptas do mundo uma imagem do que ele não é: um estadista capaz de acabar com um longo seqüestro. Mal sabem os mais ingênuos que ele pode ser uma pessoa perigosa. E ninguém sabe do que ele é capaz de fazer.
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