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Foto: Reuters |
5.11.12
O furacão eleitoral norte-americano
27.10.12
Campanha paulistana, a avant-premiére do fim do mundo
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Foto: Marcos Alves/Agência O Globo |
8.10.12
Os desafios de Paes
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Foto: Bruno Gonzalez/Agência O Globo |
7.10.12
Depois de um longo e tenebroso inverno...
19.6.12
Dias ruins que se avizinham
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Foto: Eliária Andrade/Agência O Globo |
15.5.12
Santa Obama de Chicago
16.4.12
Coraçã de estudanta
12.4.12
Pela instalação da UPPP
22.3.12
De massacres e relativizações

O ataque a uma escola judaica na cidade francesa de Toulouse, em que morreram quatro pessoas (três delas crianças), na segunda-feira passada, mostra o quanto insanos estão nossos tempos - e o quanto as pessoas andam relativizando as coisas, se não as escondendo ou mesmo apoiando (ainda que na miúda) atos terroristas como este.
Antes de morrer no cerco policial, o franco-argelino Mohammed Merah afirmou ter "vingado a morte de crianças palestinas" (como se israelenses atirassem indiscriminadamente em civis com o intuito de matá-los, como afirmam certos "progressistas" por aí) e protestado contra a presença de tropas francesas no Afeganistão (alguns dias antes, ele teria matado três militares do país, dois deles muçulmanos como ele). Era o ato final de um sociopata que certamente achava que matar por sua fé seria a solução de todos os seus problemas.
Mas esses lamentáveis fatos infelizmente serão esquecidos a médio prazo, sem a menor sombra de dúvida. Afinal, o Islã radical, mesmo escancaradamente antiocidental e disposto a usar a violência para fazer valer seus "ideais", não está entre as prioridades de segurança do Ocidente, cada vez mais calcado na correção política e na aceitação do multiculturalismo, que mostra não funcionar em grande parte dos países. Ainda por cima, há os relativistas de sempre, que sempre afirmam que enquanto Israel não ceder à chantagem de grande parte de seus vizinhos hostis, ataques como esses irão acontecer - ignorando que esse estado de coisas vem desde antes mesmo de o Estado de Israel ser criado, o que este texto de Reinaldo Azevedo explica com perfeição.
13.3.12
Entra governo, sai governo e os trens da alegria seguem a todo vapor

Desde que o mundo é mundo, vemos governos de diferentes tendências agradando os aliados a seu bel prazer, distribuindo ministérios a torto e a direito. No governo da presidente Dilma Rousseff, não poderia ser diferente. Logo nos primeiros meses, ao longo do ano passado, a sucessora de Lula se viu forçada a demitir vários ministros herdados do antecessor e grande padrinho político, a grande parte deles sob acusações de corrupção. Não bastasse isso, o governo Dilma repete os mesmos vícios dos anteriores, ao relegar o infinito número de ministérios a meros feudos dos partidos da situação. Dois casos recentes mostram isso.
Ninguém de fora do governo sequer desconfia de qual seja a utilidade do Ministério da Pesca. De todo modo, ele deve servir para alguma coisa. Até bem pouco tempo atrás, a pasta era ocupada pelo petista Luiz Sérgio (que deixara o Ministério das Relações Institucionais alguns meses antes), que foi destituído do cargo, por motivos até hoje misteriosos, pela presidente da República - que parecia fazê-lo a contragosto, por sinal. Pouco depois, o cargo passou a ser ocupado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), um dos mais ardorosos aliados do governo desde Lula. Há inúmeras especulações sobre quais seriam os motivos para tal troca: uns dizem que seria para adular um dos partidos que fazem parte da base do governo; outros dizem que seria tática para ajudar a pré-candidatura do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), à prefeitura de São Paulo - ainda mais depois da hipótese do ex-prefeito e ex-governador José Serra (PSDB) se candidatar ao cargo. Mas nada é mais significativo desse estado de coisas do que uma declaração do próprio ministro Crivella no momento de sua posse, quando disse não saber sequer colocar uma minhoca num anzol de pescaria.
O Ministério do Trabalho é outro caso, digamos, emblemático. Como sabemos, ele era chefiado por Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT - partido que, definitivamente, já viveu dias melhores, para dizer o mínimo. Este é um caso que a presidente mostrou um certo poder de persuasão: primeiramente, pediu de forma encarecida ao governador fluminense Sérgio Cabral Filho que nomeasse o deputado federal Sérgio Zveiter (eleito pelo PDT em 2010) para alguma secretaria, fazendo-o trocar de lugar com o então secretário estadual de Trabalho e Renda e suplente de deputado Brizola Neto, que não havia conseguido se reeleger para a Câmara. Empossado a pedido do poder federal, o neto do falecido ex-governador e fundador do partido Leonel Brizola notabilizou-se por votar a favor do governo e contra os interesses do próprio estado na questão da divisão dos royalties do petróleo. Agora, é altamente provável que Brizola Neto, literalmente amigo de infância da presidente, meses depois de reassumir a cadeira de deputado federal, ocupe agora o Ministério do Trabalho...
A vida nos ensina desde sempre e o governo brasileiro apenas se encarrega de confirmar: nada como ter amigos influentes.
3.2.12
Teria a chamada Primavera Árabe valido a pena?

Isso tudo nos faz pensar se a mobilização popular em torno de uma pretensa democratização do país valeu a pena. A chamada Primavera Árabe, nome dado à onda de protestos contra as diversas ditaduras da região, parece não acontecer da forma que poderia, por sinal. Apenas a Tunísia parece progredir um pouco, até por ter sido o país que começou essa onda. Na Líbia, Kadafi foi deposto e assassinado pelos rebeldes apoiados pela OTAN, mas o que vem depois se assemelha à Al-Qaeda de Bin Laden na época da ocupação soviética no Afeganistão. Já não se fala mais no Barein e no Iêmen, que andam esquecidos. Na Síria, Bashar al-Assad não dá sinais de trégua no massacre de dissidentes. Mas o Egito parece ser o fracasso mais épico: Mubarak renunciou, mas os militares continuaram no poder e não parecem dispostos a ceder - uma amostra disso o mundo inteiro viu na quarta-feira passada.
19.1.12
O pró-terrorismo "humanista" não é novidade alguma
Sim, essa é uma notícia velha. Mas não deixa de ser bem significativa de que, para muitos "progressistas" brasileiros, os fins sempre justificam os meios. Esta reportagem foi tirada da edição da revista Veja, de 26 de dezembro de 1984. Falava sobre a viagem de três vereadores cariocas (dois do PDT de Brizola e a petista e futura deputada federal, senadora e governadora Benedita da Silva) a Buenos Aires, para conceder o título de cidadão honorário do Rio ao ex-líder terrorista argentino Mario Firmenich, preso àquela ocasião (clique na imagem para vê-la melhor).
Detalhe: isso tudo contra a opinião dos próprios argentinos, que o viam como um criminoso comum. Firmenich comandava o grupo terrorista de extrema-esquerda Montoneros, que, como tantos grupos da época, queria estabelecer um Estado comunista em seu país. A grande parte dos ataques (incluindo o sequestro e a execução do ex-ditador Pedro Aramburu, que governou o país nos anos 1950) foi feita num período imediatamente anterior à ditadura militar argentina (1976-1983), que desbarataria o grupo. A democracia argentina, restabelecida no ano anterior à viagem dos vereadores, acertadamente não perdoou o guerrilheiro. Mas todos sabemos, desde aquela época, que PT e PDT são PT e PDT...
Nunca tinha ouvido falar nesse caso até ontem à noite, quando navegava pela rede. Assim que soube, fiz questão de mostrar que a tolerância e a tendência à imputação de heroísmo a criminosos estão entranhadas em muitos esquerdistas brasileiros desde sempre. O detalhe é que naquela época, eles eram oposição. Agora que são governo, a situação se tornou previsivelmente pior. Estão aí o caso Battisti e a recusa em impor uma lei antiterrorismo ao Brasil que não me deixam mentir.
10.1.12
A alegria dos "alternativos"

Enquanto isso, nos Estados Unidos, mesmo fazendo o pior governo desde Jimmy Carter (1977-1981), Barack Obama segue com a expectativa de se reeleger presidente do país - isso tudo graças única e exclusivamente à incompetência da oposição republicana, pau a pau com a brasileira neste aspecto. De todos os pré-candidatos do Partido Republicano nas eleições de novembro próximo, apenas Mitt Romney parece digno de nota. Mesmo assim, cercado de desconfianças. Ou seja, é iminente haver mais quatro anos do pouco tino obamista na condução dos destinos do Ocidente. O que faz os "alternativos", os que creem num outro mundo possível, se ouriçarem por mais um quadriênio por cima da carne seca.