21.9.06

A PARANÓIA ISLÂMICA


A mais recente polêmica envolvendo o Islã e o Ocidente se deve à má interpretação de uma declaração do Papa Bento XVI, que citou uma frase de um imperador bizantino, que criticava o profeta Maomé acusando-o de impor sua fé através da violência. Pronto: apesar de ser apenas uma citação, a grita islâmica foi geral, numa reação que lembrou (em grau pouco menor) àquela às charges de Maomé publicadas num jornal dinamarquês no ano passado (o detalhe é que as tais reações se dariam meses depois).

Isso tudo mostra como está o mundo pós-11 de Setembro: dividido ao meio. De um lado, muçulmanos (auxiliados por governantes de esquerda - dizendo ser "solidários com os mais pobres e oprimidos pelo imperialismo", imagine! - ou partidários islâmicos que patrocinam o terror) irados com o que consideram uma perseguição imposta pelo Ocidente, uma "conspiração judaico-cristã mundial para destruir o Islã"; do outro, governantes poderosos ávidos por poder com o pretexto de "espalhar a democracia". No meio disso, vítimas inocentes dos radicais dos dois lados. Todo o diálogo do mundo não parece ser suficiente para aplacar a fúria. E essa situação toda só tende a piorar.

Sem o auxílio da diplomacia, todos os esforços para evitar um iminente conflito de civilizações serão um estrondoso fiasco. E o pior é que há quem quer que isso ocorra.

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