10.9.09

E AGORA, HEIN?


Há alguns dias, o terror vem dominando a cidade de Salvador, com ataques de grupos criminosos - em represália à transferência de um dos chefões do crime soteropolitano para um presídio no Mato Grosso do Sul. De todo modo, não deixa de ser significativo para um estado como a Bahia, que vê seus índices de violência aumentarem a cada mês, que de nada adiantou se alinhar com o governo federal no tocante à segurança de seus habitantes.

Isso tudo três anos depois de ataques criminosos pelo estado de São Paulo - época da transição do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), que renunciava para concorrer à presidência da República, para o vice Cláudio Lembo (PFL, hoje DEM). Na época, muitos atribuíam à "política tucana para a segurança" a onda de violência; outros, a uma "coligação PT-PCC" para que a campanha tucana fosse prejudicada. Nenhuma das duas ilações adiantou muito: o tucano José Serra foi eleito governador no primeiro turno e Lula foi reeleito presidente. Enfim, houve em São Paulo, naquele 2006, uma balbúrdia que foi maléfica à população paulista e evidenciou nossa impotência frente à bandidagem.

Só quero ver o que vão dizer agora. Pode ser que seja resultado de má política de segurança do governador baiano (o petista Jaques Wagner) ou apenas "uma fase ruim". Mas o fato é que Wagner - também eleito governador no primeiro turno - tem um pepinaço nas mãos. E isso poucos meses depois de enfrentar a maior epidemia de dengue do país no ano. O pior, para os baianos, é constatarem que estão entre o petismo e o carlismo, herança política do falecido coronel político Antônio Carlos Magalhães. Assim, fica difícil achar uma saída.

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