Hoje faz 20 anos da queda do Muro de Berlim, que separava a cidade alemã entre a parte ocidental (enclave alemão-ocidental fortemente influenciado por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha) da oriental (capital alemã-oriental, controlada pela União Soviética). Para os alemães dos dois lados, foi um momento de júbilo depois de 28 anos separados por um bem vigiado paredão de concreto, fazendo com que os berlinenses-orientais não pudessem ir ao outro lado tentar construir a sua vida nem mesmo visitar parentes que lá morassem. Onze meses depois, em outubro de 1990, as Alemanhas se reunificaram, com Berlim como sua capital (Bonn era a capital da antiga Alemanha Ocidental). Mas a queda do Muro foi apenas um capítulo de um fato marcante da Humanidade: a queda do Comunismo.
Naquele 1989, era evidente que o regime socialista iria afundar, devido às pressões populares. Na União Soviética, as políticas de abertura (perestroika, abertura econômica, e glasnost, abertura política) que o líder do Partido Comunista, Mikhail Gorbachov, havia implementado quatro anos antes, davam resultados. Na Polônia, ventos democráticos varriam o país - o que resultaria na eleição do líder do Solidariedade, Lech Walesa, para presidente. O mesmo ocorria na Hungria e na Tchecoslováquia - no final de 1992, este país se separaria, da forma mais pacífica possível, em duas nações distintas (Eslováquia e República Tcheca). Na Romênia, em pleno Natal de 1989, uma insurreição resultaria na deposição e assassinato do ditador Nicolae Ceausescu e da primeira-dama Elena Ceausescu.
Havia algum tempo que o Muro de Berlim era visto como um símbolo de um regime opressor. Era questão de tempo para que os berlinenses resolvessem derrubá-lo - o surpreendente foi que nenhuma gota de sangue precisou ser derramada. Foi um momento importante da Humanidade no século XX, e também um dos vários ingredientes para a consolidação da democracia no continente europeu, depois de tanto tempo de ditaduras de toda espécie.
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