Poderíamos argumentar que o dilúvio que atingiu o Rio ontem foi gigantesco. Mas nada justifica o tamanho do estrago que a cidade sofreu por causa do temporal, ainda mais por ser característico do mês de março, época do encerramento do verão. Árvores arrancadas pela raiz, rios transbordando e enchando ruas, bairros sem luz por quase um dia inteiro... Até um show da banda Guns n'Roses, que seria na Praça da Apoteose, foi adiado para o mês que vem.
O fato é que a cidade parece nunca estar preparada o suficiente para algo que se repete há décadas. Sai prefeito, entra prefeito, sai governador, entra governador e os problemas se repetem. Dessa forma, faltam justificativas para reclamar da chamada Emenda Ibsen, do deputado federal Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), aquela dos royalties do petróleo, que pode acarretar um prejuízo enorme para os estados produtores (Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, principalmente para o primeiro, o mais dependente do recurso). Há quem diga que os recursos fluminenses para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estariam seriamente ameaçados se isso for levado adiante. Dá nisso escorar-se apenas no petróleo como fonte de finanças, esquecendo-se das demais.
Falando nisso, essa questão dos royalties é uma prova de fogo para o apoio do governador Sérgio Cabral Filho ao presidente Lula. Se este vetar, o apoio estará garantido até o fim. Senão...
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