Não é novidade nenhuma o que está acontecendo na Síria, no rastro das inúmeras manifestações por abertura democrática que varrem o mundo árabe desde a virada do ano. Mas o que acontece no país governado pelo ditador Bashar al-Assad (que lidera o país há onze anos, tendo herdado o poder do pai, que governou por cerca de três décadas), segundo relatos, é assustador e nos faz pensar o quão baixo o ser humano pode ser.
Porém, sempre pode piorar. O regime sírio, apesar de conflitos diplomáticos de décadas com Israel, entre outros motivos, por causa das Colinas de Golã, é historicamente mais próximo do Ocidente do que o líbio, por exemplo. Mantém relações estreitas com o Irã e a Turquia, esta ainda mais próxima dos ocidentais que os sírios e eterna candidata a entrar na União Europeia. E muitos dos que estão fugindo do regime sírio estão se refugiando em território turco.
Talvez por haver menor interesse em correr o risco de melindrar alguém tão próximo do Ocidente, não há disposição aparente em intervenção militar em território sírio da mesma forma que ocorre na Líbia, por exemplo. Contudo, certamente isso faria o Oriente Médio pegar fogo, já que ainda há tropas ocidentais no Iraque, ali perto, e o Irã iria interferir em favor dos sírios, com resultados imprevisíveis. Some-se a isso a proximidade geográfica com a própria Turquia e Israel.
Isto posto, pode-se dizer que os cidadãos sírios cansados de décadas de ditadura, ao mesmo tempo que estão perto da Terra Santa, estão bem longe de Deus...
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