2.2.09

A ARTE DE SER UM ETERNO CHAPA-BRANCA


O PMDB, mais uma vez, mostra a força que tem quando está com o governo - o que ocorre desde que deixou de ser governo, com a saída de José Sarney da presidência da República, em 1990. Hoje, o partido obteve as presidências das duas casas do Congresso Nacional: a Câmara dos Deputados, com o deputado federal Michel Temer (SP), e o Senado Federal, com o próprio senador Sarney (AP). Ou seja, está com sua maior força política em muito tempo.

Como já escrevi aqui, o PMDB se entregou de vez ao chapa-branquismo, apoiando todos os governos federais desde a redemocratização. Vem obtendo várias vantagens com isso, evidentemente. No governo Lula, isso é ainda mais flagrante. Com isso, o apetite peemedebista nas eleições de 2010 poderá ser insaciável: o partido pode influenciar em qualquer coisa, desde uma candidatura própria à presidência da República até uma imposição do nome do vice da virtual pré-candidata do governo, Dilma Rousseff (lembram de Rita Camata, vice de José Serra em 2002? Pois é...).

O PMDB certamente tentará de tudo para não se afastar do poder nacional daqui a dois anos. Mesmo que se afaste, porém, irá se juntar a quem venceu. Passou a fazer parte da natureza peemedebista, de certa forma.

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