Nos últimos dias, choveram críticas ao sistema parlamentar brasileiro, por causa das férias dos deputados e senadores, e do fato de haver "deputados por um mês" - aqueles que tomam posse no dia 1º de janeiro, substituindo colegas que se elegeram para outros cargos ou assumiram secretarias estaduais, e contratam assessores com dinheiro público para trabalhar com eles, em pleno período de férias, até a posse do novo Parlamento, em 1º de fevereiro.
Isso é mais uma aberração política nossa, certamente. Assim como o é o fato de o Executivo tomar posse no primeiro dia do ano, que é uma data inconveniente para os chefes de Estado de outros países que queiram prestigiar a posse do presidente da República, por exemplo. O fato de ser feriado não cola - até 1990, a posse presidencial era no dia 15 de março, que não é feriado (chegou a ser em 31 de janeiro), e não havia problemas.
Uma solução seria unificar a posse do Executivo (1º de janeiro) e do Legislativo (1º de fevereiro) para 6 ou 15 de janeiro. Ou marcar a posse do Legislativo para o dia seguinte da do Executivo. O que não pode é inflar os gastos do poder. Sempre sobra, claro, para o contribuinte.
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