A cúpula do Mercosul, realizada nesta semana no Rio, evidenciou algo que todo o mundo já sabia: o Brasil começa a seguir grande parte do continente e está cada vez mais subserviente ao bufanismo chavista. O presidente re-reeleito da Venezuela, Hugo Chavez, mostrou sua força disposto a rugir frente à comunidade internacional. E o faz sem medir esforços, passando por cima da lei e das instituições.
Mal tomou posse para um mandato de mais seis anos como presidente do país (e querendo ser reeleito indefinidamente, através de mudanças na Constituição), Chavez quer moldar o país à sua imagem e semelhança. Imitando o seu ídolo, o agonizante ditador cubano Fidel Castro, também peita o "imperialismo ianque" - nem precisa que está sendo endeusado pelas esquerdas viúvas da União Soviética. Com um agravante: assim como várias teocracias islâmicas que pipocam pelo Oriente Médio, Chavez usa o petróleo para comprar o apoio dos países vizinhos - não raro, influenciando eleições realizadas neles, elegendo candidatos que sejam seus espelhos e sigam sua ideologia. É amigo e aliado do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad - conhecido por pregar a destruição de Israel e negar a ocorrência do Holocausto. Além disso, quer que a imprensa local o apóie somente, tentando calar a oposição, procedimento usado por ditaduras em todo o planeta.
No Brasil, o show chavista continuou com toda a força. Disse que é preciso "descontaminar o Mercosul", rejeitando qualquer forma de economia livre - o que ele chama de "Socialismo do Século XXI", algo digno do Século XIX. O pior é que há quem o admire no Brasil, a ponto de um deputado estadual do PDT (partido do ex-governador Leonel Brizola, que no fim de sua vida se mostrava um notório admirador de Chavez) lhe dar a medalha Tiradentes. Na entrega da comenda, disparou sua metralhadora giratória. Atacou o jornal O Globo por este ter publicado reportagens que o contrariavam. O ato não teve o impacto que poderia ter - talvez pelo fato de reagirmos a fatos como esses com absoluta (e assustadora) passividade.
A "nova esquerda" já começa a mostrar suas garras. E pode ter sido tarde demais.
2 comentários:
Eu creio que já é tarde demais. Os esforços para conter a esquedopatia tupiniquim revelaram-se insuficientes.
Chavez já tem o Brasil no bolso!
Abraço!
Na realidade amigo, o Mercosul virou uma versão light do Foro de São Paulo e os países da AL q não estão dentro dos conformes sugeridos pela cúpula do Foro, estão sendo vencidos pelo cansaço.
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