4.1.07

SADDAM HUSSEIN E FAMÍLIA GAROTINHO: CADA UM A SEU MODO, JÁ VÃO TARDE



Nesta primeira mensagem de 2006, escrevo sobre dois fatos que agitaram a passagem de ano.

O primeiro foi a execução da pena de morte para o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein. Por mais que se queixem de interferências da política interna norte-americana (realmente desastrosa, mas isso não vem ao caso) desde a invasão do país, há quase quatro anos, o fato é que a sentença foi proferida pela Justiça do país - mesmo que o governo iraquiano não consiga sequer controlar quem entre e passe pela sala de execução. Por mais que esperneiem sobre uma intervenção do governo Bush (que, dizem, lutou para adiar a execução), o fato é que o ex-ditador, assim como Milosevic e Pinochet (outros que morreram em 2006), não deixará saudade.

Outros que não deixarão saudade, pelo menos para a parcela esclarecida e que não se contenta com pouco que habita o estado do Rio, são os integrantes da família Garotinho. Na última semana do ano, oito anos de (des)governo foram fechados com chave de lata com ataques de bandidos a policiais e alvos civis. O governo Rosinha, o do "tudo por um real", conseguiu ser pior que os dois governos do Brizola e o do próprio Garotinho juntos - não por acaso, são do mesmo ramo populista de esquerda que aterroriza o Rio (com raras exceções) desde 1983, o do infame "socialismo moreno".

Porém, o seu sucessor, Sérgio Cabral Filho, aparece disposto a mostrar serviço nos seus primeiros dias de governo. Aparece com uma proposta de conciliação para as três esferas de poder. Apesar de não ter votado nele nas eleições, essa disposição me deixa boa impressão inicial. Resta saber se a manterá ou se terá sido apenas fogo de palha. O tempo dirá.

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