A invasão da Geórgia pela Rússia, por causa dos separatistas dos territórios georgianos da Abcásia e da Ossétia do Sul (que busca sua incorporação ao território russo), levanta uma questão: estariam os russos dispostos a reeditar a Guerra Fria? O temor se justifica pelo fato de haver uma espécie de revival da época em que existia a União Soviética, quando vários países vizinhos foram invadidos a fim de aumentar a zona de influência - em método mais agressivo do que o executado pelos norte-americanos, o outro lado da questão que tanto amedrontou a Humanidade durante cerca de quatro décadas.
Pelo visto, a Rússia não se conforma com o fim de sua era de dominação, marcado pela queda do Muro de Berlim (1989) e pelo desmembramento soviético (1991), além do crescimento da China no cenário internacional. Uma de suas demonstrações de inconformismo foi a tentativa de influenciar nas eleições presidenciais ucranianas, em 2004, com as suspeitas mais pesadas possíveis - inclusive, a de tentar envenenar o candidato Viktor Yushchenko, concorrente do candidato apoiado pelos russos, Viktor Yanukovych. De nada adiantou: Yushchenko foi eleito.
De todo modo, os russos não querem desistir. Tanto que, quando deixou a presidência da Rússia (onde adotou uma política não exatamente sutil), Vladimir Putin assumiu o cargo de primeiro-ministro, deixando a chefia de Estado para Dmitri Medveded, eleito em circunstâncias bem suspeitas, algo comum na política do país.
A situação anda feia por lá: as tropas russas bombardearam uma base militar e um aeroporto, e as tropas georgianas que estavam na Ossétia do Sul foram deslocadas para defender a capital do país, Tbilisi. A questão é que não ando vendo os "pacifistas" da vida não reclamarem de "opressão" e outras coisas que ocorrem quando as potências ocidentais entram em ação. Por que será?
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