A onda de assaltos a turistas estrangeiros em albergues, na semana do Carnaval no Rio, causa vergonha em qualquer um. Ainda mais quando ocorrida na época mais turística da cidade.
Sei que é clichê dizer que isso mancha a imagem da cidade, apesar de não ser a única do país a sofrer com atos de alguns de seus habitantes. Assim como é outro chavão ouvir declarações das autoridades executivas e de Segurança a lamentar as agressões e os roubos impostos a quem apenas vem nos visitar.
Não basta apenas prender quem assalta. Nossas autoridades têm que impor um esquema convincente de segurança para que nossos cidadãos possam se sentir seguros - outra reclamação recorrente, mas necessária. Senão, não haverá mais a quem possamos proteger.
Um comentário:
Acho que esses episódios nos albergues mostram outro problema, igualmente grave, mas nem de longe tão visível quanto a violência de uma maneira geral. As autoridades de turismo do Rio estão ca--ndo e andando para o turista mochileiro. Há um idéia, muuuito equivocada, que mochileiro não vale a pena para a cidade. Como se o mochileiro não pagasse hospedagem (ok, não é uma fração de uma diária de hotel na orla, mas emprega recepcionista, arrumadeira, etc.), não saísse para comer e beber, não freqüentasse a noite, não fizesse pequenas viagens, não pegasse táxi, etc., etc., etc. Enquanto isso, na Europa, que não por acaso tem a maioria dos principais destinos turísticos do mundo, você tropeça em albergues (seguros), que se apóiam numa excelente estrutura de transporte público e informações.
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