Essa é manjada, todo mundo já sabe faz tempo, mas vale o registro. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, vem aprontando mais uma: ele faz com que o Brasil, oficialmente, apoie para a presidência da Unesco (órgão das Nações Unidas para a cultura) o egípcio Farouk Hosni, enquanto o brasileiro Márcio Barbosa tem chances reais de ser eleito - há outro brasileiro candidato, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Mas não é só isso: ministro da Cultura do Egito há décadas, Hosni prometera em discurso qualquer livro israelense ou escrito em hebraico que encontrasse numa biblioteca egípcia.
E eu pergunto: qual a surpresa com mais uma trapalhada de Celso Amorim e do Itamaraty? Quem se lembra do caso Paula Oliveira sabe do que estou falando. Isso sem falar nos apoios a regimes bem duvidosos, para dizer o mínimo. O apoio ao candidato egípcio se deve, segundo ele, a uma política de aproximação com o mundo árabe, o que seria "coerente". Bem, ninguém pode reclamar de falta de coerência, levando-se em consideração a política diplomática do atual governo brasileiro, que visita e se relaciona com ditaduras e ignora e condena democracias estabelecidas...
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