1.8.09

APROVEITEMOS ESSA GRANDE CHANCE



Mais uma vez, César Cielo Filho é o melhor. O nadador brasileiro ganhou mais um ouro no Mundial de Esportes Aquáticos em Roma, desta vez na sua especialidade, os 50 metros livre. Cielo foi campeão com o tempo de 21”08, novo recorde do campeonato e apenas três centésimos acima do recorde mundial do francês Fréderic Bousquet, vice-campeão com 21”21. O bronze ficou com outro francês, Amaury Leveaux, com 21”25. Com isso, Cielo foi o primeiro nadador brasileiro a ganhar dois ouros no mesmo Mundial, e o segundo nadador da História a ser campeão olímpico e mundial na mesma modalidade (o primeiro foi o russo Alexander Popov, supercampeão olímpico e mundial entre 1992 e 2003). Além disso, fez a Tríplice Coroa nos 50 metros livre (antes das Olimpíadas de 2008 e do Mundial de 2009, tinha ganhado o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2007, também estabelecendo o recorde da competição).

Que mais esta conquista sirva de exemplo – tanto para nossos aspirantes a atletas quanto para nossos dirigentes. Esse impacto – que certamente virá – terá que ser mais parecido com o que Daiane dos Santos (campeã mundial do solo da ginástica artística em 2003) deu para sua modalidade, com a ajuda da Confederação Brasileira de Ginástica, do que aquele que a Confederação Brasileira de Tênis não aproveitou em relação ao auge do tenista Gustavo Kuerten (tricampeão de Roland Garros e melhor do mundo na virada do século). Felizmente, a tendência é de crescimento para a nossa natação – a equipe que disputa o atual Mundial é considerada a melhor de todos os tempos no Brasil (com quatro medalhas até o momento, este é o melhor desempenho brasileiro em Mundiais de Esportes Aquáticos), e isso independia de Cielo, que conseguiu o que merecia por méritos próprios. Mas não custa nada aumentar o incentivo e melhorar as condições dos atletas que ainda não têm condições de se autossustentar.

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