24.9.10

A corda, Brasil!



Sabe o interminável (e intragável) Joaquim Roriz, candidato do PSC ao governo do Distrito Federal? Ele estava sendo julgado com base na Lei da Ficha Limpa. Da aprovação dessa lei (lançada menos de um ano da eleição) depende a candidatura dele e de mais um monte de gente (como o candidato a deputado federal pelo PR-RJ, Anthony Garotinho, só pra citar um exemplo clássico). Pois bem: o julgamento no STF está empatado em 5 a 5. Diante de uma derrota (nem que seja "apenas" moral), Roriz decidiu inovar (ou não): anunciou sua renúncia à candidatura ao governo do DF e nomeou sua mulher, Weslian Roriz (também filiada ao PSC) no seu lugar...

Pelo visto, Lula e o próprio Garotinho (este, oito anos atrás) fizeram escola ao colocarem alguém que certamente nada entende de política e que só ganhará votos por ser do sexo feminino. Não que eu seja avesso a mulheres se candidatando, pelo contrário. Acho que Marina Silva, por exemplo, é uma candidata à Presidência muito mais digna que Dilma Rousseff. É que isso tudo me dá uma sensação de laranjice explícita, de cheque em branco, de governar pelo celular... Chamem do que quiserem.

Olha, eu não gostaria de estar na pele de um eleitor brasiliense qualquer. São oito candidatos ao governo do DF, que teve entre seus antecessores o próprio Roriz e José Roberto Arruda, que dispensa comentários. O concorrente mais próximo de Roriz (que liderava as pesquisas) é Agnelo Queiroz, do PT - conhecido por ser um dos piores ministros dos Esportes de todos os tempos. Os outros seis são completos desconhecidos. Não dá nem pra tapar o nariz diante da urna eletrônica, pelo visto. Desse jeito, só pedindo uma corda para se enforcar.

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