25.11.10

É chegada a hora de a lei partir para o ataque



Desde o último final de semana, a Região Metropolitana do Rio vem sofrendo com ataques do crime organizado. Bandidos metralharam cabines policiais; incendiaram ônibus, caminhões e vans; estão impondo um clima de terror à região. Dizem que é uma consequência da implantação das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora, nos morros cariocas onde havia tráfico de drogas. O esquema de segurança do governo de Sérgio Cabral Filho vem sendo considerado um sucesso - talvez esse seja a única ação efetiva implantada por um governo fluminense no tocante à segurança dos cidadãos nos últimos 30 anos, pelo menos - e foi prometido ser colocado em prática em âmbito nacional, pela campanha da presidente eleita Dilma Rousseff.

Há muito tempo imagino que as UPPs seriam um começo para a diminuição dos níveis de violência que aterrorizam cariocas e fluminenses. Mas, pelo visto, tem um pequeno defeito: parece que o governo do estado e a secretaria de Segurança pacificaram as favelas sem antes planejar o que deveria fazer para segurar o asfalto. Ou seja: os bandidos saíram dos morros e, sem a fonte de renda que o tráfico de drogas (leia-se, o que é financiado pelos consumidores de substâncias ilícitas) representava para eles, decidiram apavorar os cidadãos das ruas. O resultado é isso que estamos vendo: pânico, caos, a sensação de insegurança reinante, isso sem falar na boataria generalizada que aumenta ainda mais o desespero.

Ainda há tempo de consertar, claro. As ações terroristas dos traficantes cariocas devem ser combatidas com o rigor que a situação exige. A decisão acertada de suspender as folgas de policiais até que a situação esteja resolvida é apenas um entre os inúmeros passos que terão que ser dados para que a cidade não fique mais à mercê da bandidagem. Pode demorar o tempo que for, mas o fato é que, do jeito que está, não pode mais continuar. Já que a marginalidade quer impor um regime de terror, é a hora da lei dar sua resposta e prevalecer, acima de tudo.

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