5.11.10

Não, nós não podemos


Fazia um bom tempo que não se falava dele por aqui - há cerca de um ano, pra ser mais exato. A última vez em que escrevi sobre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com maior profundidade foi quando ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz no ano passado, pouco mais de oito meses depois de assumir o governo. Mas agora ele está de volta por um motivo até previsível: a ampla derrota sofrida pelos democratas nas eleições estaduais norte-americanas, nesta semana. O Partido Democrata perdeu para o Republicano grande parte dos governos estaduais e a maioria na Câmara, mantendo uma ínfima maioria no Senado. Ou seja, mais dificuldades para o governo Obama à vista.

Não, a crise que a maior potência do planeta ora sofre não começou no governo Obama. E reverter tudo o que Bush fez nos últimos quatro anos de seu mandato não ocorre de uma hora para outra. Mas para alguém que prometeu mudanças com pulso firme, a decepção não poderia ser maior. Porém, isso era até esperado, levando-se em consideração que governar um país da importância que têm os Estados Unidos não requer passes de mágica. Só que Obama foi muito aquém do que se poderia imaginar, graças ao pouco pulso que vem demonstrando em questões importantes como a própria economia, a saúde e a segurança nacional, tendo que descumprir inúmeras promessas de campanha.

Bem, a conta está sendo paga. E as consequências podem vir daqui a dois anos, quando Obama tentar a reeleição: seus índices de popularidades são mais baixos que os do seu antecessor, e o presidente certamente terá dificuldades para se reeleger (a não ser que uma Sarah Palin da vida acabe sendo a escolhida pelos republicanos, o que acho pouco provável).

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