20.3.11

Negócios no lado de cá, guerra no lado de lá



A primeira visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil tem a intenção de reaproximar os dois países mais avançados do continente, levando-se em consideração o que eles alcançaram nas últimas décadas, depois de oito anos de relacionamentos tumultuados - muito em parte por causa da diplomacia brasileira durante o governo Lula, que era conduzida mais por viés ideológico do que por qualquer outra coisa.

O ponto alto da visita deverá ser o discurso de Obama no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, neste domingo. Esse discurso chegou a ser marcado para ali em frente, na Cinelândia, mas foi cancelado dois dias antes - talvez por precaução devido ao clima quente na Líbia, onde a situação está cada vez pior e mais perigosa.

Dois textos abaixo, escrevi que fatos anteriores poderiam depor contra um ataque de forças ocidentais ao território líbio visando a derrubar o ditador Muammar Kadafi. Por mais que a intenção de depor um dos maiores tiranos de todos os tempos seja nobre, não é certo que a democracia e a normalidade irão se instalar no país norte-africano. Basta vermos a encrenca que tropas estão passando no Afeganistão e no Iraque há quase uma década. Além disso, há quase o consenso que não fazem o mesmo no Barein (onde uma monarquia sunita é acusada de oprimir a maioria xiita) o que fazem na Líbia (o que ainda é certo, para que o ditador se sinta pressionado ao máximo), por pura falta de interesse no assunto ou algo que ainda não foi de todo esclarecido. De todo modo, é torcer para que essa situação se resolva rapidamente (embora seja mais provável que isso não aconteça) e que a população civil sofra o menos possível.

2 comentários:

patricia m. disse...

De onde vc tirou que Brasil e Estados Unidos sao os 2 paises mais avancados do continente? Esqueceu o Canada???

Daniel F. Silva disse...

Leia o que está escrito em seguida: "levando-se em consideração o que eles alcançaram nas últimas décadas"...

O Brasil cresceu mais que o Canadá, economicamente falando, nesses últimos anos, embora ainda seja o terceiro mais rico país das Américas.