Arrasador. Assim pode ser definido o primeiro show dos irlandeses do U2 no Morumbi, na noite de ontem. Durante pouco mais de duas horas, o público presente não arredou pé, cantou todas as músicas a plenos pulmões e foi brindado com um desempenho inesquecível de Bono & cia.
Gosto do U2. Diferentemente dos Rolling Stones (que, por sinal, continuam esbanjando vitalidade depois de mais de 40 anos de carreira), a banda dublinense é mais identificada com a minha geração (tenho 26 anos). Eles combinam com perfeição a música com o engajamento na luta contra as injustiças sociais, sendo uma das primeiras bandas a abraçar esse tipo de causa, há mais de 20 anos. E, como se não fosse o bastante, dão bom exemplo a seus fãs: não há notícias de qualquer escândalo que tenha atingido qualquer um dos integrantes da banda.
No show de ontem, a banda misturou clássicos como Pride (In the Name of Love), New Year's Day e One com novidades de seu mais recente disco (How to Dismantle an Atomic Bomb), como Vertigo, All Because of You e Original of the Species. Apesar de ter sentido falta de grandes canções como I Will Follow; Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me; Discothèque (meia-boca, mas capaz de levantar meio mundo) e Electrical Storm, o espetáculo foi acima da média.
Um grande destaque da apresentação foi o colossal telão montado, que interagiu com o espetáculo, com mensagens de paz e tolerância entre os povos, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Que bom terá sido se o público assimilou essas mensagens. Assim dará sua contribuição para um mundo melhor.
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