A epidemia de dengue que atinge o Rio se alastra ainda mais pela região metropolitana, apesar de toda a ajuda da população e dos médicos para tentar contornar o problema. Neste final de semana, foi comprovado que quase 40 mil pessoas pegaram a doença neste ano.
Grande parte dos casos está concentrada na capital fluminense, o que comprova a total ineficiência do prefeito Cesar Maia quanto aos investimentos em saúde na cidade. Mas há casos também no interior do estado, alguns deles fatais pelo caso hemorrágico.
O pior disso tudo é o uso eleitoreiro que alguns querem fazer da epidemia. Como todos sabem, Maia é do DEM, partido que faz oposição ao governo federal. Estamos em ano de eleições e, evidentemente, setores da esquerda fazem a festa com a tragédia. De repente, ser de oposição (ou "de direita", segundo essa lógica torta) virou sinal de conivência com a desgraça.
Isso não é exatamente uma novidade. Em 2002, ano da pior epidemia de dengue até a deste ano, o presidente da República era Fernando Henrique Cardoso e o ministro da Saúde era José Serra. Este se candidatou à presidência, pela situação, e a então oposição (representada pelo PT de Lula) caiu em cima, usando a tal epidemia como arma de campanha. Claro que isso não foi determinante para a eleição de Lula naquele mesmo ano, mas não vejo a oposição de hoje (exceto uma ou outra diatribe de Cesar Maia ao atual ministro da Saúde, José Gomes Temporão) acusando tresloucada e histericamente o atual governo de conivência com a epidemia, como ocorreu há seis anos e ocorrera, pelos mais variados motivos, nos oito anos anteriores. Por um motivo bem simples: o combate à dengue não depende apenas do poder público, mas também da população. Só que tem gente que parece não se dar conta disso.
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