21.10.09

DUAS VIDAS, UM SÓ SENTIMENTO


  • Filme: Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, Alemanha/Estados Unidos, 2009)
  • Direção: Quentin Tarantino
  • Elenco: Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz, Eli Roth, Michael Fassbender, Diane Kruger, Daniel Brühl, Til Schweiger

O mais novo longa-metragem de Quentin Tarantino é coerente com a trajetória do cineasta: usa o exagero na violência a serviço do roteiro, para contar determinada história, fazendo-o com maestria. Desta vez, o enredo é um plano de vingança contra os nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a ocupação alemã na França, em pleno interior do país, uma jovem judia tem a família assassinada por soldados nazistas em um porão, mas consegue escapar, sendo a única sobrevivente. Anos depois, vivendo com outro nome, é dona de uma pequena sala de cinema nos subúrbios de Paris. Enquanto isso, um tenente norte-americano lidera um grupo de soldados, também judeus, com o intuito de transformar a vida dos soldados de Hitler num verdadeiro inferno, combatendo-os da maneira mais sádica possível. Duas vidas diferentes, um só sentimento: a vingança.

O único momento em que essas duas vidas chegam a se cruzar (embora nem tanto) é quando a pré-estreia de um filme de propaganda sobre um soldado alemão que tornou-se herói de guerra é marcada para o referido cinema. Então, um plano ousado é elaborado pelas duas partes, sem que uma tome conhecimento ou sequer desconfie da existência da outra: o de matar toda a cúpula do nazismo (incluindo o próprio Hitler), que compareceria em peso ao cinema.

Evidentemente, esse plano jamais existiu na vida real - isso fica bem claro à medida que a produção chega a seu desfecho. Mas o que vale é que, por mais pesado que seja o tema e a forma com que ele é desenvolvido, o espectador sai do cinema com a alma lavada por causa do excelente roteiro e das interpretações convincentes. Em suma: um filmaço. Basta ter estômago forte e imaginação que alce infinitos voos.

Um comentário:

patricia m. disse...

Eu nao gostei, achei chato para caramba. Tarantino nao eh um diretor por igual: ha filmes que eu amo, ha filmes que eu odeio. Esse faz parte da segunda leva, assim como From Dusk To Hell por exemplo.