2.2.07

OSCAR 2007: "PEQUENA MISS SUNSHINE"



Continuando a série sobre o Oscar 2007, escrevo hoje sobre Pequena Miss Sunshine, de Jonathan Dayton e Valerie Faris.

Numa cidadezinha perdida no meio dos Estados Unidos, uma família composta dos tipos mais bizarros que se possa imaginar (o pai palestrante que divide o mundo entre vencedores e fracassados, o avô viciado em heroína, o irmão fã de Nietszche que fez um voto de silêncio, o tio homossexual que tentou se suicidar por causa de uma paixão não-correspondida) circunda a vida de uma menina que sonha em ganhar o tradicional concurso de Pequena Miss Sunshine e se classifica para a fase final deste concurso. Durante sua ida à cidade em que tal decisão será realizada, ocorre uma série de percalços.

Se trata de um dos mais surpreendentes filmes da temporada passada, por se tratar de uma história incomum ocorrida com pessoas comuns - o que pode acontecer com você ou comigo, a qualquer hora do dia. Isso é ajudado pelo roteiro enxuto e, de certa forma, pela Kombi velha e caindo aos pedaços, coadjuvante involuntária da película. Ao contrariar a obsessão paterna pela perfeição a qualquer preço, a história do filme se encarrega de mandar essa tal obsessão às favas.

Pequena Miss Sunshine pode muito bem (por que não?) ser o Crash: No Limite de 2007, o filme independente que surpreende na reta final e ganha o prêmio mais importante do cinema mundial. O que atrapalha é a baixa quantidade de indicações.

Indicações: Melhor filme, ator coadjuvante (Alan Arkin), atriz coadjuvante (Abigail Breslin) e roteiro original

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