13.9.08

PAX VENEZUELANA




Mais uma crise atinge a Bolívia (desta vez, uma rebelião entre o governo e as regiões mais ricas do país que clamam por maior autonomia, causadora de violentos conflitos entre partidários do governo e da oposição, o que deixa o país às portas de uma guerra civil), e o Brasil, mais uma vez, deverá pagar o pato por causa do gás boliviano. Pra variar, porém, a velha paranóia bolivariana acerca dos Estados Unidos voltou à tona.

Acusando os norte-americanos de incitarem o caos na Bolívia, os presidentes Evo Morales e Hugo Chavez expulsaram de seus países os embaixadores dos Estados Unidos - que pagariam na mesma moeda mais tarde, convidando a se retirar de Washington os embaixadores de Bolívia e Venezuela. De todo modo, isso mostra o quanto o presidente venezuelano - que é o grande aliado de Morales, a quem apoiou de forma ostensiva na campanha presidencial - anda vendo fantasmas ultimamente.

Como sempre, ele culpa os outros pela própria incompetência - e o faz de forma hipócrita. Chavez planeja intervir militarmente na Bolívia caso Morales seja derrubado - o que foi rechaçado pelos próprios bolivianos. Isso confirma as intenções chavistas de dominar a América do Sul através de seu famigerado plano bolivariano.

Essa situação toda chama a uma reflexão e nos impõe uma pergunta, digamos, um tanto indecente. Neste ano, como sabemos, haverá eleições presidenciais nos Estados Unidos. Dez entre dez simpatizantes da esquerda em todo o mundo, apesar de não terem relação alguma com o processo eleitoral norte-americano, apóiam a candidatura do democrata Barack Obama contra o republicano John McCain, o candidato da situação. A questão é a seguinte: se Obama for eleito, será que Chavez ficará "calminho" em relação à Casa Branca? Ou continuará despertando seus instintos primitivos só de pensar em uma bandeira azul, vermelha e branca, cheia de listras e estrelinhas?

2 comentários:

Frodo Balseiro disse...

Daniel, acho que se Obama ganhar (o que considero a cada dia que passa uma possibilidade mais remota), não mudará muita coisa na Amérdica Latrina e sua vocação anti-americanista. O complexo de inferioridade que temos parece ser indestrutível. veja que as "ideias" propugnadas pelos bolivarianos e assemelhados, são velhas, bolorentas, decadentes. E imagino que vamos prosseguir com elas por muito tempo. Lá, nos EUA, ganhe um ou outro, acabara se ajustando. O americano, tanto os políticos, quanto o povo, são muito pragmáticos, não entram com facilidade na conversa mole dos discursos e promessas...
A se verificar!

João Batista disse...

Outra reflexão a que somos chamados é a comparação entre a revolta Boliviana e a indiferença cínica e entorpecida dos brasileiros.