2.6.07

'EL GENERAL' DE NOVO...

Hugo Chavez, como já era se esperar, ataca novamente. Nesta sexta, o presidente (por enquanto; daqui a pouco, será "promovido" a ditador, se é que já não foi...) venezuelano deu mais uma amostra de seu, digamos, espírito expansivo de se intrometer em assuntos de países vizinhos (basta se lembrar das interferências nas eleições presidenciais de outros países).

O Senado brasileiro se manifestou contra a não-renovação da concessão da RCTV. Aliás, no que está em sua obrigação, como toda instituição de um país democrático como o nosso. Chavez respondeu da seguinte forma: "Como no Congresso do Brasil lamentavelmente dominam os partidos e os movimentos de direita (sic) hoje vemos uma declaração exortando-me a devolver a concessão a esse canal. Seria muito mais fácil o império português (sic) voltar a se instalar em Brasília (sic) do que o governo da Venezuela devolver a concessão".

Evidentemente, houve uma grita geral. Não era a primeira vez que isso tinha ocorrido (fizera isso antes), mas desta vez Chavez atacou uma instituição política de outro país. Bem, o presidente desta mesma instituição não anda gozando de muito prestígio ultimamente, mas o ato deixou evidente o quanto o presidente venezuelano é um desequilibrado. Pior, um desequilibrado que tem muitos fãs...

A resposta do presidente Lula (em Londres para assistir ao amistoso da Seleção Brasileira contra a Inglaterra e, de quebra, defender a candidatura brasileira para sediar a Copa do Mundo de 2014) foi lacônica, pouco convincente e diplomática até demais: "O Chavez tem que cuidar da Venezuela, que eu cuido do Brasil, o Bush cuida dos Estados Unidos, e assim por diante". O presidente Lula demonstra que não quer ficar mal com o aliado da fronteira ao norte (quem tem, tem medo), e o nosso futuro não é exatamente florido, considerando-se os esforços governamentais no tocante à classificação indicativa (uma forma mal-disfarçada de censura) e a TV pública do ministro Franklin Martins, como bem lembrou Reinaldo Azevedo em seu blog. Ou seja, é o iminente risco do famoso Efeito Orloff.

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