5.11.08

AGORA É OBAMA! E AGORA, OBAMA?


Confirmando seu amplo favoritismo, construído desde sua nomeação como candidato pelo Partido Democrata, o senador Barack Hussein Obama Jr. foi eleito, nesta terça-feira, presidente dos Estados Unidos da América. Pela primeira vez, um político de origem negra ocupará o cargo mais poderoso do planeta.

Uma catarse coletiva, uma grande sensação de euforia, atingiu o planeta com a eleição de Obama - em parte causada pelo ineditismo da situação, mas também com a certeza de que a Era Bush parece ter, definitivamente, chegado ao fim. O desastroso segundo mandato do atual presidente norte-americano certamente colaborou para a consagradora eleição de Obama, mas não foi o fator determinante. Isso pode ser credenciado à crise financeira mundial, que fez com que as propostas do candidato democrata fossem vistas pelo eleitorado como mais adequadas à economia do país.

Registre-se o comparecimento recorde dos eleitores, num país em que o voto não é obrigatório. Bateu um recorde que durava mais de um século, pelo que parece. Isso mostra que basta um incentivo extra para os eleitores saírem de casa para votar - e isso foi o que não faltou nos Estados Unidos, ao contrário das até certo ponto insossas eleições de 2000 e 2004. Por causa do confuso sistema eleitoral do país, em que cada estado adota um modelo diferente de votação, houve filas de até oito horas de espera - a essa altura, os norte-americanos devem estar morrendo de inveja das eleições brasileiras, em que quase não há filas...

Já escrevi aqui algumas vezes que a campanha de Obama guarda semelhanças com a de Lula aqui no Brasil, em 2002 - principalmente no assunto "esperança vencendo o medo". O mundo certamente dará um voto de confiança ao futuro presidente, e Obama faz por merecê-lo, pois lutou para isso. Basta esperar para ver se ele, na Casa Branca a partir de 20 de janeiro de 2009, cumprirá as promessas que fez ou ficará deslumbrado com o cargo, como ocorreu com alguém que nós, brasileiros, conhecemos muito bem... Se a segunda hipótese acontecer, basta lembrar que agora é em níveis mundiais.

Um comentário:

Anônimo disse...

Achei seu artigo magnanimo. Nao sei se vc o escreveu ou copiou. mas eh maravilhoso e eu como Brasileira e Americana de naturalizacao estou muito esperancosa pra que tenhamos agora um Presidente mais digno e que tente amenizar o sofrimento do povo americano diante desta crise Financeira e iminente depressao.
Se vc nao se importar gostaria de copiar o texto no meu blog.
um gde abraco,
Renata