Recentemente, a atual detentora do posto de Miss Universo, a venezuelana Dayana Mendoza, visitou o presídio de Guantánamo, base norte-americana em Cuba. É uma visita promovida por uma organização que presta auxílio às tropas dos Estados Unidos.
Há anos, o presídio é criticado por organizações de direitos humanos, que o acusam de promover torturas a seus detentos - nos últimos anos, terroristas envolvidos nos atentados de 11 de setembro de 2001 e nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Pois bem: a Miss Universo certamente não compartilha dessas críticas. Que o digam os elogios por ela proferidos depois da visita.
Certamente o presidente venezuelano Hugo Chavez não vai concordar nem um pouco com a opinião da mais bela filha de sua terra - ainda mais em um país em que seus habitantes acompanham o concurso de Miss Universo como se fossem brasileiros assistindo uma partida da Seleção numa Copa do Mundo. Mas ele não deixa de ter uma certa dose de culpa nisso.
A Miss tem 22 anos (fará 23 em junho). Quando Chavez subiu ao poder, ela tinha 12. Imagine o quanto a pobrezinha deve ter sofrido de lavagem cerebral, assim como os jovens de seu país que certamente devem ter perdido o senso crítico. Ou seja, ela passou a acreditar em qualquer coisa que vê, sendo altamente influenciável. De certa forma, o feitiço virou contra o feiticeiro.
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