15.4.09

UMA COMÉDIA BRASILEIRA PADRÃO. NO QUE FAZ BEM


  • Filme: Se Eu Fosse Você 2 (Brasil, 2008)
  • Direção: Daniel Filho
  • Elenco: Glória Pires, Tony Ramos, Cássio Gabus Mendes, Marcos Paulo, Vivianne Pasmanter, Adriane Galisteu, Chico Anysio, Maria Luisa Mendonça, Isabelle Drummond, Bernardo Mendes, Maria Gladys, Carlos Bonow, Ary Fontoura

O filme brasileiro de maior bilheteria pós-Retomada (com cerca de seis milhões de ingressos vendidos) é uma boa amostra do modelo de cinema popular que vigora no Brasil hoje: enredo leve, elenco estelar televisivo, roteiro baseado numa história clichê. E funciona, pelos resultados das bilheterias. Se bem que o talento indiscutível dos atores principais (que nos faz convencer, na maioria das vezes, que realmente estão um no corpo do outro) também colabora para isso.

Se no primeiro filme uma conjunção da Terra e do Sol com Marte e Vênus foi a causa da troca de corpos, nesta sequência o pretexto foi uma pane elétrica dentro de um elevador, no prédio onde se situa o escritório de advocacia responsável pela papelada de divórcio do casal. Há tempos eles não se entendem: o narcisismo e egoísmo dele, com a menopausa dela, causa uma combinação explosiva. Simultaneamente a isso, a filha do casal engravida e resolve se casar. Chega a ser insólito ver a reação aparvalhada da jovem ao ver a mãe, normalmente compreensiva, reagir ferozmente à gravidez não planejada, e o pai neurastênico agora ser um cara calmo e companheiro... Isso já por causa da troca de corpos.

Como disse, é a regra do atual cinema popular brasileiro, ainda que o espectador - mesmo que goste do filme - descarte-o da memória assim que se levanta da poltrona e sai da sala.

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