Em mais um confuso depoimento, o delegado Protógenes Queiroz (aquele da Satiagraha) afirmou não ter espionado o filho do presidente Lula, Fábio Luiz Lula da Silva, e a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata petista à presidência da República, Dilma Rousseff - ao contrário do que ele próprio parece ter espalhado aos quatro ventos não faz muito tempo atrás. De resto, ele preferiu exercer o direito de permanecer calado, sem contribuir em nada para a CPI dos Grampos. É mais um capítulo da fastigante egotrip protogenesiana, alçada como heroica por muitos que sonham com o fim da corrupção no Brasil, mas que, reafirmo, sempre acham que os fins justificam os meios.
Na hora do vamos-ver, o delegado tirou o corpo fora, sem detalhar em nada o suposto envolvimento de importantes figurões do governo na formação da BrOi (a fusão da Oi, da qual o filho de Lula é importante figura, com a Brasil Telecom) ou os jornalistas que apoiam o empresário Daniel Dantas, denunciado por ele na Operação Satiagraha. Ou seja, um fiasco que denuncia que o delegado, no mínimo, não está batendo muito bem da cabeça.
Não sei se vocês se lembram da carta que o delegado teria mandado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Nela, ele acusa Lula de receber dinheiro de Dantas. Tenho a ligeira impressão de que, se Obama tivesse se dado o trabalho de ler a missiva (tenho certeza de que ele não o fez), num exercício de faz de conta daqueles bem forçados, o presidente norte-americano não consideraria seu colega brasileiro "o cara", como ele afirmou em Londres, no encontro do G-20. Esse epíteto iria para o nobre delegado Protógenes Queiroz...
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