Hoje, tive a oportunidade de assistir ao filme Tropa de Elite, de José Padilha (o ingresso está ao lado). E afirmo uma coisa: o filme é um belíssimo soco no estômago da hipocrisia nacional.
O filme conta a história de um chefe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) que, demonstrando claros sinais de desgaste psicológico e estresse, além de estar interessado em dar mais atenção à família, procura um substituto. Já aposentado, ele narra o enredo que é muito bem desenvolvido, da maneira crua como o problema da violência raramente é enfrentado e mostrado para o público.
Ao mesmo tempo, através da visão do então chefe do Batalhão, é contado como há a incoerência entre o pensar e o agir - uma ONG que depende de bandidos para funcionar dentro de uma favela; uma passeata contra a violência, depois da morte de duas pessoas que cavaram suas próprias sepulturas, organizada por amigos, dentre os quais os consumidores de drogas que acabam alimentando o tráfico; o sucateamento da polícia, enquanto alguns dos oficiais de alta patente são cúmplices de atos ilícitos... Está tudo lá. E isso vai, no mínimo, demorar décadas para ser consertado.
Ao olhar a reação de alguns que se postaram contra o que o filme, embora indiretamente, propôs escancarando esses problemas, faço uma reflexão: por que será que esses críticos querem que tudo permaneça como está, impedindo que tais problemas comecem a ser resolvidos? Por que será que existe a cultura do pobrismo tão forte? Perguntas que eu gostaria de verem respondidas um dia.
4 comentários:
Cara, é uma puta [com o perdão da palavra] realidade, grande distinção entre os policiais honestos e corruptos, qndo a verdade bate à porta, todo mundo fica doido.
Cheguei aqui via TMQC.
Bjs!
O filme é show de bola! O melhor filme nacional desde a famigerada "retomada".
Ainda não pude ir à telona ver o filme. Mal vejo a hora dele chegar por aqui!
Espero que a montagem final seja fiel ao que vi no genérico e gostei.
amei tropa de elite! escrevi a respeito hj, rs. bjs
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