Criado como uma alternativa democrática ao regime militar que vigorava no Brasil, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) sempre foi admirado por ser um partido aberto a várias correntes ideológicas (mesmo porque não havia outra opção na oposição na década de 70). Nos anos 80, ganhou a palavra "Partido" em seu nome, perdeu vários quadros para novas agremiações que surgiam no rastro da abertura política nacional (como o PT em 1980 e o PSDB em 1988, para citar os dois maiores exemplos), mas continuou sendo o maior partido do país durante certo tempo. Porém, sua alta "flexibilidade" política causa alguns constrangimentos.
Nos últimos anos, o PMDB se notorizou como um partido altamente volúvel e, não raro, chapa-branca, que mudava de opinião ao sabor dos acontecimentos (certo dia, Reinaldo Azevedo se referiu a ele como "partido de programa"). Não tem candidato próprio à presidência desde 1994 (com Orestes Quércia). Aproveitando-se dessa falta de personalidade própria, apóia o governo (não importa qual seja) em seus piores momentos. O caso do presidente do Senado Renan Calheiros, filiado ao partido, é bem significativo.
Aqui no estado do Rio, essa divisão é ainda mais acentuada. O casal ex-governador Anthony Garotinho (presidente regional do partido) e Rosinha Matheus anda às turras com o correligionário e atual ocupante do Palácio Guanabara, Sérgio Cabral Filho. Numa das alianças mais bizarras dos últimos tempos (embora até esperada - ambos têm em comum a oposição ao governo federal -, mesmo que prime pela total incoerência), Garotinho fez um acordo com o atual prefeito do Rio e inimigo declarado, Cesar Maia (DEM), que promete uma coligação para as eleições municipais do próximo ano, em que o antigo PFL faria a cabeça da chapa na capital fluminense. Evidentemente, o atual governador ficou tiririca com o ex-aliado. Convidou o seu secretário de Esportes e Turismo, Eduardo Paes, a trocar o PSDB (partido pelo qual foi deputado federal e se candidatou ao governo do estado) pelo PMDB, visando a concorrer à prefeitura. Como já era esperado, a cerimônia de filiação foi um tumulto só, com as claques dos dois lados só faltando se digladiar. É uma batalha de final imprevisível. E o temor é que ele não seja nada feliz para os cariocas e fluminenses.
Um comentário:
"Daniel F. Silva disse...
Complementando o Onildo:
Vivo estivesse, Che Guevara certamente cobraria royalties pelas camisetas com sua efígie que são vendidas pelo mundo inteiro. Ou seja, ele seria apenas mais um ex-comunista "entreguialçistema".
4/10/07 1:06 AM"
Comentário:
Complementado o Silva:
Grande sacada a sua. Acho que a imagem do Che deveria ser um símbolo
da atual cruzada contra a pirataria.
Não posso afirmar que se "Che" estivesse vivo ele cobraria "royalties" pelo uso de sua imagem. Mas como médico, certamente, ele lhe receitaria uns supositórios efervescentes de Fluoxetina concentrada e lhe encaminharia para o Simão Bacamarte para ser tratado na "Casa Verde".
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