No Distrito Federal, algo que parecia inimaginável aconteceu: Weslian Roriz (PSC), sem experiência política nenhuma e que só está lá para substituir o marido Joaquim Roriz (que desistiu de se candidatar por estar sendo julgado com base na Lei da Ficha Limpa), está no segundo turno na eleição para o governo distrital contra Agnelo Queiroz (PT). Mesmo tendo desempenhos desastrosos em dois debates televisivos, a neocandidata conseguiu 440.128 votos (31,5% dos votos válidos) - o petista teve 676.394 (48,41%).
Mesmo com a confusão causada pela urna eletrônica (que tinha a foto de Joaquim Roriz e apenas o seu sobrenome, pois ele desistiu quando o sistema já estava pronto), nada justifica o fato de Weslian estar no segundo turno. Mesmo porque dá a impressão de que está sacramentada a laranjização da política brasileira: o voto em um determinado candidato mesmo sabendo que este não passa de mero fantoche de outro mais conhecido. Fica a impressão de que o eleitorado aceita políticos sem personalidade em nome de um pensamento paternalista.
Pelo menos o fato dá margem ao já extenso anedotário político nacional. A Mulher Melão não conseguiu se eleger deputada estadual no Rio de Janeiro. A Mulher Pera não conseguiu a eleição para deputada federal por São Paulo. Mas a Mulher Laranja ainda tem chances de se eleger governadora do Distrito Federal...
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